O
Acordo de Obrigações Recíprocas que
foi assinado entre a FUP, a maioria do sindicatos e a
Petrobrás, além de atender aos principais
pleitos da categoria, envolve também o maior passivo
financeiro já negociado pelo movimento sindical
petroleiro. É também o maior acordo de todos
os tempos do sistema de previdência complementar
brasileiro.
O equilíbrio financeiro do Plano
Petros e a gestão paritária da Fundação,
bandeiras de luta históricas da categoria, são
as principais conquistas dessa negociação.
Se ao final do processo, o acordo for implementado, a
Petrobrás aplicará no fundo de pensão
o que investiria na construção de três
refinarias ou quatro plataformas.
O equivalente a 65% de todos os investimentos
do governo federal em 2006, excetuando-se os orçamentos
das empresas estatais. Ou ainda metade dos ativos que
serão investidos no complexo petroquímico
de Itaboraí, no Rio de Janeiro.
Além do bilonário passivo
finaceiro que envolve esse acordo, pleitos importantes
da categoria poderão ser finalmente resolvidos,
como a correção do cálculo das pensões,
o limite de idade para o grupo 78/79 e o custeio paritário
da Petrobrás com os assistidos do Plano Petros.
O resultado final dessa negociação
será definido pelos próprios participantes,
já que o Acordo de Obrigações Recíprocas
só será implementado se houver adesão
maciça à repactuação do Regulamento
do Plano Petros, como propõe a Petrobrás.
Ou seja, a alteração dos artigos 41 e 42
do RPB. |
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Saneamento
do Plano Petros a Petrobrás
assumirá integralmente os déficits
gerados pelo Convênio Pré-70 (serviço
passado e demais impactos atuariais causados em
função dos compromissos assumidos
com os participantes que são anteriores
à implantação da Petros)
e pelo FAT/FC (dívidas geradas pela introdução
em 1984 dos fator de correção e
atualização, artigos 41 e 42 do
RPB, cujos impactos contribuíram para o
desequilíbrio do plano);
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Custeio
paritário a Petrobrás
passará a contribuir mais com o Plano Petros,
assumindo o custeio paritário não
só com os participantes da ativa, como
também com os aposentados e pensionistas;
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Gestão
paritária da Petros eleição
de representantes dos trabalhadores a Diretoria
de Administração (eleição
este ano e posse em 2007) e a Diretoria de Seguridade
(eleição em 2007 e posse em 2008).
Haverá eleição, portanto,
para duas das quatro diretorias da Petros;
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Comitê
gestor paritário os Planos
Petros e Petros 2 terão um comitê
gestor conjunto, formado paritariamente por representantes
da patrocinadora e dos participantes. Se houver
limitação legal, cada plano terá
seu comitê;
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Correção
das pensões com a mudança
do FAT/FC e a conseqüente alteração
dos artigos 42 e 41, a pensão voltará
a ser calculada conforme previsto no artigo 32
do RPB (antigo art. 31). Desta forma, os valores
das pensões atuais e futuras serão
recalculados;
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Limite
de idade 78/79 quem ingressou
na Petros após 27/11/1979 tem limite de
idade para aposentadoria, prevista pelo RPB. Mas,
os participantes que aderiram ao plano entre 24/01/78
e 27/11/79 também sofrem essa mesma exigência.
A proposta da Petrobrás é reduzir,
a partir de janeiro de 2007, o limite de idade
desse grupo para 53 (aposentadoria comum) e 51
anos (aposentadoria especial). Apesar deste importante
avanço, a FUP continuará buscando,
junto à gestão da Petrobrás
e na Petros, a extinção total desse
ilegal limite de idade;
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Mudança
de reajuste está mantida
a data-base em primeiro de setembro para todos:
aposentados e ativa. A mudança só
ocorrerá a partir de 2007, garantindo ainda
este ano para os aposentados e pensionistas o
mesmo índice de reajuste que for aplicado
aos trabalhadores da ativa. No ano que vem, os
assistidos receberão em abril o reajuste
da parcela INSS e em setembro, da parcela Petros,
com base no IPCA.Nesse primeiro ano da desvinculação,
todos os aposentados e pensionistas irão
incorporar ao benefício o reajuste da parcela
INSS, como ganho real. A Petrobrás garantirá
aos assistidos sempre a mesma periodicidade de
reajuste que for aplicada à ativa;
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Recomposição
dos benefícios a contraproposta
da Petrobrás é pagar 03 Salários
Benefícios para os assistidos ou R$ 15
mil (o que for maior). Por reivindicação
da FUP, a proposta será extensiva também
aos participantes da ativa, que receberão
90% de 03 Salários Participação.
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O pagamento
ocorrerá 30 dias após o encerramento
do processo, através da homologação
do acordo nosautos da Ação Civil
Pública para os ítens pactuados.
Ou seja, se houver adesão maciça
à repactuação do RPB;
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Plano
Petros 2 a Petrobrás
garantirá aos trabalhadores novos um plano
de previdência complementar misto, que assegura
benefícios de risco, benefício mínimo
e renda vitalícia. O Plano Petros 2 continua
em negociação entre a FUP e a Petrobrás
e só será apresentado aos trabalhadores
após aprovação pela Secretaria
de Previdência Complementar (SPC). A patrocinadora
assumirá o serviço passado de todos
os petroleiros que ingressaram na empresa após
agosto de 2002. Os trabalhadores sem plano também
poderão aderir ao Plano Petros 2, assim
como os participantes da ativa do atual Plano
Petros que optarem pelo BPO. Não haverá
migração de aposentados e nem retirada
de recursos do Plano Petros. Em seguida, o plano
será estendido para todo o Sistema Petrobrás.
Na Transpetro, substituirá o atual Plano
Transpetro;
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BPO
o Benefício Proporcional Opcional
(BPO) será introduzido no Regulamento do
Plano Petros (RPB), que garantirá o direito
proporcional acumulado pelo participante ativo,
desde a data de seu ingresso no plano. Quem optar
por esse novo instrumento contará com duas
fontes de acumulação e garantia
do futuro benefício: o Plano Petros (através
do BPO) e o Plano Petros 2.
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