Page 11 - CARTILHA FUP SOBRE 20 ANOS DA GREVE DE 95
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Acordos descumpridos,


o estopim da greve



DEFENDER A PETROBRÁS É DEFENDER O BRASIL
DEFENDER A PETROBRÁS É DEFENDER O BRASIL
Os petroleiros terminaram 1994
sem acordo de trabalho. Naque-
le ano, foram realizadas duas
greves nacionais, em setembro e
novembro, para pressionar a Pe-
trobrás a repor as perdas salariais
da categoria, que já chegavam a
100%. Intransigente, a direção
da empresa negou-se a cumprir
os termos de compromisso as-
sinados pelo então presidente
Itamar Franco e seu ministro das
Minas e Energia, Delcídio Gomes
do Amaral. Até mesmo o acordo
que o próprio presidente da Pe-
trobrás, Joel Rennó, assinou com
a FUP, garantindo a negociação
das perdas e reajustes entre
12% e 18% (nos interníveis), foi
descumprido. tes, Fernando Henrique Cardoso

Para piorar a situação, a conjun -
1995 2015 tura política do país também se (PSDB), que, em aliança com o

mostrava desfavorável à classe PFL (atual DEM), aprofundou o
trabalhadora. A eleição presiden-
desmonte do Estado. A direção da
cial de 1994 endossou a política Petrobrás seguia à risca o projeto
governamental de ataque às or -
econômica neoliberal que já
11 estava em andamento no país e ganizações sindicais, redução de
direitos e arrocho salarial.
deu vitória ao candidato das eli -
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