Page 7 - CARTILHA FUP SOBRE 20 ANOS DA GREVE DE 95
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“Fui admitido em setembro de 2002, após um
período de mais de dez anos sem concursos na
Petrobrás. Além de compartilhar conhecimentos
técnicos, nossos colegas mais experientes,
sempre dividiam conosco suas lembranças,
em especial os momentos de luta e unidade da
categoria. A grande greve de 95 era assunto
recorrente, um capítulo especial na história dos
petroleiros. Cheguei a ver várias fotos daquele
período, onde os colegas carregavam na cabeça,
cestas básicas doadas pelo sindicato. Outros

PAULO NEVES, 39 anos, exibiam orgulhosos os telegramas recebidos
Técnico de Operações da UO- naquela época, com ameaças de demissão, caso
AM e diretor do Sindipetro-AM não retornassem ao trabalho. Sem falar naqueles
e da FUP que foram demitidos e amargaram longos períodos
fora da empresa, sobrevivendo graças à ajuda
do sindicato. Tenho um profundo sentimento de
agradecimento àqueles colegas que resistiram e
conseguiram barrar o ímpeto privatista do governo
neoliberal de FHC, dando à minha geração o
direito de prestar um concurso e trabalhar nessa DEFENDER A PETROBRÁS É DEFENDER O BRASIL DEFENDER A PETROBRÁS É DEFENDER O BRASIL
grande empresa”.




“Eu tinha apenas oito anos em 1995 e, portanto,
não tenho muitas memórias daquela que foi a
maior greve da história da nossa categoria. Não
tenho parentes petroleiros e também não me
lembro de ter faltado gás de cozinha em casa,
apesar de ter assistido recentemente a alguns
telejornais da época, acusando os meus colegas
de desabastecerem o país. O fato é que, 20 anos
após aquela greve, a atual conjuntura política nos
traz de volta os ecos neoliberais de outrora, com
os ataques à Petrobrás e a nuvem da privatização
ANDRESSA DELBONS, 28 voltando a pairar, como fantasma, sobre as 1995
cabeças dos petroleiros. Todavia, já aprendemos
anos, Técnica de Operação da 2015
Reduc e diretora de base do que somos capazes de nos articular, que temos
Sindipetro Duque de Caxias força unidos. Mesmo após outras categorias terem
sucumbido aos ataques midiáticos e à pressão dos
governos neoliberais, mesmo após os petroleiros
terem amargado contracheques zerados e colegas
demitidos, resistimos. E permanecemos atentos”. 7
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