Acompanhe em tempo real a negociação do ACT 2022

Nesta segunda-feira, 20/06 às 13:30h acontece reunião presencial da mesa de negociação com o RH do Sistema Petrobrás. Os representantes da categoria devem receber a primeira contraproposta à pauta de reivindicações para os ACTs da Petrobrás e subsidiárias (Transpetro, PBio, TBG e Termobahia) que foi definida na 10ª Plenafup (Plenária Nacional da FUP), e entregue e protocolada no último dia 2 de junho.
Os petroleiros e petroleiras anteciparam as negociações do ACT para engajar a categoria nas lutas contra a privatização da Petrobrás e na campanha eleitoral, que será definidora para os trabalhadores brasileiros. Conheça os 13 pontos, dentre tantos, da pauta de reivindicações protocolada pela FUP:
Reposição da inflação e das perdas salariais dos últimos acordos
Garantia no emprego
Resolução dos pontos soltos do ACT (fórum de efetivos, teletrabalho, HETT, banco de horas, tabela de turno, AMS)
Restabelecimento do Fundo Garantidor para proteção dos direitos dos trabalhadores terceirizados
Realização de um Fórum Nacional para discutir a terceirização no Sistema Petrobrás
Resgate da AMS (garantia da margem consignável de 13%, restabelecimento da relação de custeio 70×30, buscar uma alternativa para o atual índice de reajuste das tabelas)
Valorização da função dos brigadistas e fortalecimento das brigadas
Exames periódicos para prevenção das sequelas decorrentes da Covid-19
Garantia incondicional do Direito de Recusa
Licença paternidade de 60 dias
Proteção das trabalhadoras lactantes, com afastamento das áreas insalubres pelo tempo em que estiver amamentando
Defesa da Petros
Garantia da liberdade sindical

Na semana passada as mobilizações que estão sendo realizadas em diversas unidades do Sistema Petrobrás em todo o país foram realizadas na Região Sul

[Da Comunicação do Sindipetro-RS

No dia 16 a atividade foi na Repar (PR); no dia 17, na Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul (PR); e, no dia 19, na Refap, em Canoas (RS)

Na Refap, o ato iniciou em torno das 7h, quando os trabalhadores começaram a se concentrar em frente ao portão da Refinaria. Diversos movimentos, entidades de outras categorias e lideranças políticas do campo progressista, além de petroleiros/as de outros Sindipetros e da FUP, estiveram presentes. O botijão de gás gigante colocado em frente à Refap, também chamava a atenção e dava visibilidade à atividade. Logo que chegavam, os ônibus eram parados e os/as trabalhadores/as convidados a permanecerem no local.

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Em sua fala, a presidenta do SINDIPETRO-RS, Miriam Cabreira, que tem participado dos atos realizados dentro deste circuito de manifestações, lembrou que a mesma atividade já havia sido realizada em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná/Santa Catarina e, agora, chegava ao RS. “Começamos no litoral paulista e fizemos atos unificados em três refinarias, no prédio do Edisen e na Six. Em todos eles, muitos trabalhadores pararam para escutar, entre próprios e contratados”, pontuou ela.

Segundo a dirigente, na Repar, por exemplo, estava iniciando uma parada de manutenção, e mesmo assim, todos pararam para fazer o debate. Lá, foi destacada a situação da Fafen, onde mil empregos foram fecha- dos com a venda da unidade. Ela também lembrou que a Repar e a própria Refap também estão na mira do governo para serem vendidas e, por isso, a resistência tem que continuar e ser cada vez mais forte. Miriam também falou do ato na SIX onde, mesmo com chuva, os trabalhadores pararam para ouvir e debater a situação da Petrobrás, do Acordo Coletivo e da urgência de fortalecer a unidade e a resistência da categoria.

Miriam também falou sobre o absurdo que é a venda das unidades da Petrobrás, como é o caso dos gasodutos, onde o valor recebido pela estatal com a venda está sendo pago em aluguel dos equipamentos. Na SIX, disse ela, “temos um centro de desenvolvimento de pesquisa importantíssimo para a Petrobrás. Se a unidade for vendida, é possível que a empresa tenha que pagar para fazer pesquisas num centro que hoje é dela”, acrescentou.

“Esses atos são extremamente importantes, porque precisamos muito resistir contra a privatização, avançar no acordo coletivo e as lutas unificadas são fundamentais para a gente se fortalecer ainda mais. A categoria só tem a ganhar com isso”.

O representante do Sindipetro do Norte Fluminense, Tezeu Bezerra, também reforçou a necessidade de resistência da categoria. “Foi anunciada a privatização de oito refinarias, mas até agora apenas uma está em processo de venda. Isso mostra que os petroleiros e petroleiras sabem se organizar, sabem lutar”, acrescentou.

Defesa da Democracia

Outro ponto que fez parte das falas foi a necessária defesa da democracia. Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP, explicou que a campanha reivindicatória de 2022 é completamente distinta das anteriores. “Este ano trabalhamos com três eixos: a defesa dos diretos com um acordo de trabalho justo; a defesa da Petrobrás, numa luta incessante contra a privatização; e a terceira, que é a defesa do estado democrático de direito e de um projeto de país com um governo desenvolvimentista, que não atenda apenas aos interesses dos acionistas minoritários, mas no qual a Petrobrás volte a ser a mola indutora da economia nacional”, disse ele.

Próximas atividades

A agenda de mobilizações previa, ainda, atividades na Revap (23), Reduc (24) e no Norte Fluminense (25). Mas, em função da necessidade de assembleias para avaliação da terceira contraproposta da empresa para o Acordo Coletivo, estes atos, por enquanto, estão suspensos.

Aposentados presentes

Os/as petroleiros/as aposentados também atenderam ao chamado do Sindicato e se fizeram presentes à atividade do dia 19. Os/as aposentados/as têm participado das mobilizações levando não só sua experiência, mas somando nas lutas em defesa do Acordo Coletivo e defendendo a Petrobrás.

Além da rejeição da contraproposta rebaixada que foi apresentada pela Petrobrás e subsidiárias, o indicativo é que a categoria aprove a intensificação das mobilizações e a busca por avanços na negociação 

[Da comunicação da FUP]

As direções da Federação Única dos Petroleiros e de seus sindicatos, após debates de dois dias no Conselho Deliberativo da FUP, indicam aos trabalhadores do Sistema Petrobrás a rejeição da contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho que foi apresentada no dia 17 de agosto pela holding e suas subsidiárias (Transpetro, TBG, PBIO e TermoBahia). As assembleias começam a partir de segunda-feira, 22, com prazo de conclusão até 03 de setembro.

Entre os indicativos encaminhados à categoria está a autorização para que a FUP busque o atendimento de seis pontos que vêm sendo tensionados pelos trabalhadores nas mesas de negociação:

  • Garantia de emprego no Sistema Petrobrás
  • Manutenção do Acordo Regional do NF (Dia de Desembarque, Turno da Manutenção e Auxílio Deslocamento)
  • Limite de 13% para descontos da AMS
  • Preservação dos adicionais de gasodutos e da operação da mestra nacional (Transpetro)
  • Fim dos ataques à organização sindical
  • Manutenção da relação trabalho x folga em 1 x 1,5, no regime de turno de 12h nos prédios administrativos

Narrativa da gestão de que houve “avanços” é má-fé negocial

A contraproposta apresentada pela Petrobrás é a prova de que a empresa vem agindo com má-fé negocial desde o início da campanha reivindicatória. As gerências tentam empurrar goela abaixo da categoria um Acordo Coletivo de Trabalho rebaixado, que chancela demissões, retira direitos, ataca aposentados, pensionistas, trabalhadores da ativa e as organizações sindicais.

A narrativa de que houve avanços na negociação é mais um canto da sereia dos gestores para tentar dividir e desmobilizar os trabalhadores. O que a Petrobrás chama de última contraproposta é na realidade a primeira, que deveria ter sido apresentada há mais de dois meses, quando a FUP protocolou a Pauta de Reivindicações da categoria.

A empresa sempre soube que as duas contrapropostas anteriores eram inaceitáveis. Por isso, as direções sindicais alertaram, desde o início das negociações, que a gestão estava apostando no impasse. E agora querem vender como “avanço” uma proposta de Acordo Coletivo com retrocessos, que traz uma série de armadilhas para os trabalhadores, aposentados e pensionistas.

Para os trabalhadores, 0% das reivindicações. Para os acionistas, 100% do lucro

Não há justificativas econômicas para a gestão da Petrobrás querer impor à categoria um Acordo de Trabalho rebaixado, sem atender sequer uma reivindicação da pauta apresentada, após distribuir mais de R$ 130 bilhões em dividendos aos acionistas, somente no primeiro semestre deste ano. Essa é uma escolha política da gestão. Assim como os acionistas, os gerentes e diretores da empresa também são beneficiados com remunerações exorbitantes e privilégios garantidos às custas do cumprimento de metas de redução de investimentos, superexploração da categoria, precarização das condições de trabalho e lucros extraordinários obtidos com privatizações e preços abusivos dos combustíveis.

Somente na gestão Bolsonaro, a Petrobrás transferiu R$ 258,7 bilhões em dividendos para os acionistas. Segundo estudo do DIEESE, isso significou uma média de 102% do lucro líquido de R$ 252,8 bilhões que a Petrobrás registrou no período. Um valor sem precedentes na história da empresa. No governo Fernando Henrique Cardoso, a média de dividendos distribuídos representou 40% do lucro e no governo de Lula, 32%.

É inadmissível que essa gestão continue cobrando resiliência dos trabalhadores, enquanto enriquece a alta gestão e os acionistas. Mais do que nunca, é fundamental a intensificação das mobilizações. A participação expressiva dos trabalhadores, aposentados e pensionistas nas assembleias e atos realizados demonstrou a força e unidade da categoria, fazendo a empresa recuar em sua tentativa de desmonte completo do ACT.

A hora, portanto, é de aumentar a pressão e rejeitar massivamente a contraproposta nas assembleias que serão realizadas até o dia 03 de setembro. Vamos responder, novamente, à altura os ataques da empresa. Não há acordo com demissões e retirada de direitos.

Indicativos para as assembleias:

  • Rejeitar a terceira contraproposta apresentada pela Petrobrás e subsidiárias
  • Intensificar as mobilizações, com realização de paralisações pipoca, operações padrão por segurança e outras ações que serão realizadas com a participação da base
  • Referendar a cobrança já feita pela FUP de prorrogação do ACT até o fim das negociações, com garantia da data-base
  • Autorizar a FUP a retomar as negociações, diretamente com o RH da Petrobrás ou sob Mediação do TST, priorizando seis pontos que atacam diretamente o ACT

Contraproposta chancela demissões

Ao insistir na exclusão do parágrafo 4º da Cláusula 42 do Acordo Coletivo, que trata sobre excedente de pessoal, a Petrobrás quer que a categoria chancele demissões de centenas de trabalhadores das subsidiárias e unidades que estão sendo privatizadas. É inaceitável um acordo que acabe com a garantia de segurança no emprego, conquistada na greve histórica de fevereiro de 2020.

Esse ataque da gestão da Petrobrás afeta sobretudo os trabalhadores das unidades que estão em processo de privatização, mas também coloca em risco os efetivos de áreas que não estão à venda. As subsidiárias TBG, TermoBahia e PBIO, todas 100% Petrobrás, não seguem sequer a cláusula proposta pela holding. Portanto, qualquer acordo sem garantia do emprego é chancelar as demissões dos trabalhadores destas empresas.

Fim do Acordo Regional do NF impacta todos os trabalhadores offshore

Em plena campanha reivindicatória, a gestão da Petrobrás ataca deliberadamente os trabalhadores offshore, ameaçando encerrar o Acordo Regional pactuado com o Sindipetro NF, que é referência para as petroleiras e petroleiros de todas as plataformas da empresa no Brasil.  O Acordo do NF garante conquistas históricas, como o Turno da Manutenção nas plataformas, o pagamento do Dia de Desembarque e o Auxílio Deslocamento. Se o Acordo cair, todos os trabalhadores offshore da Petrobrás perderão direitos.

Descontos abusivos da AMS permanecem

Ao descumprir o limite de 13% de descontos e ignorar as propostas da categoria para garantir a sustentabilidade financeira e a qualidade da AMS, a gestão da Petrobrás continua impondo prejuízos inaceitáveis para os beneficiários, enquanto acumula ganhos de mais de R$ 8 bilhões com o passivo atuarial do plano de saúde. Essa política cruel da empresa tem inviabilizado a AMS para milhares de aposentados, pensionistas e petroleiros da ativa, o que já gerou a expulsão de centenas de famílias do plano de saúde, como o próprio RH confirmou nas rodadas de negociação.

Retirada de adicionais na Transpetro

Outro ponto inaceitável é a Transpetro propor alterar a cláusula do adicional de gasoduto, colocando em risco a continuidade desse direito, e atacar o adicional dos trabalhadores do Centro Nacional de Controle e Logística (CNCL), que a categoria conquistou há 20 anos e que agora a gestão bolsonarista quer rifar.

Afronta à organização sindical

A gestão da Petrobrás ataca os princípios da liberdade e da autonomia sindical, ao inverter a lógica do recolhimento da contribuição assistencial, buscando, assim, asfixiar financeiramente as entidades representativas da categoria. Além disso, a empresa tenta reduzir a capacidade de atuação da FUP e de seus sindicatos.

Ataques da gestão são políticos

O RH da Petrobrás insiste em negar a influência política nas decisões de gestão da empresa, mas é mais do que evidente que a estatal está acéfala por conta das interferências feitas por Bolsonaro e sua equipe para obter ganhos eleitorais e blindar os interesses dos acionistas. Nunca antes na história da Petrobrás, houve tantas mudanças no comando da empresa, que já trocou quatro vezes de presidente, sem falar no entra e sai de conselheiros administrativos. O atual presidente Caio Paes sequer sentou na cadeira, pois sua nomeação é repleta de ilegalidades.

“As decisões aqui na mesa de negociação não são técnicas. São políticas. Bolsonaro interferiu e continuará interferindo no destino da empresa e, consequentemente, na vida dos trabalhadores. O processo negocial do ACT tem reflexos, sim, das decisões políticas desse desgoverno. Os trabalhadores sabem disso e estão mobilizados também para alterar o cenário político do país, para que voltemos a ter uma Petrobrás que respeite as organizações sindicais, os fóruns de negociação, os direitos da categoria e, principalmente, que esteja a serviço do povo brasileiro e não dos acionistas privados”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, na reunião de quarta-feira (17) com o RH da Petrobrás.

 

As direções da FUP e de seus sindicatos darão continuidade na sexta-feira, 19, à reunião do Conselho Deliberativo da Federação para definir os indicativos referentes à terceira contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho que foi apresentada pela Petrobrás e subsidiárias. O debate foi suspenso na tarde de hoje e será retomado amanhã, após a reunião da direção do Sindipetro Norte Fluminense com a gestão da Petrobrás, cuja pauta será o Acordo Regional que está sob ataque da empresa.

É inadmissível que, em plena campanha reivindicatória, a gestão tente acabar com um acordo que é referência para os trabalhadores offshore da Petrobrás em todo o Brasil. O Acordo Regional do NF garante conquistas históricas, como o Turno da Manutenção nas plataformas, o pagamento do Dia de Desembarque e o Auxílio Deslocamento. Se o acordo cair, os trabalhadores perdem todos esses direitos.

No caso do Turno da Manutenção, essa conquista foi estendida para todos os trabalhadores das plataformas da Petrobrás, de Norte a Sul do país. Portanto, é imprescindível que a empresa atenda as reivindicações dos trabalhadores na reunião que terá nesta sexta, 19, com o Sindipetro NF.

[Da comunicação da FUP]

A gestão da Petrobrás apresentou nesta quarta-feira, 17, uma terceira contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho, que insiste em tratar como sendo a última, mas que a categoria esperava ter sido a primeira a ser apresentada pela empresa, meses atrás. Apesar da gestão voltar atrás na tentativa de desmontar por completo o ACT, como havia sinalizado nas duas contrapropostas anteriores, ainda continua impondo perdas para os trabalhadores.

Nenhum ponto da pauta de reivindicações que foi apresentada pela FUP há mais de dois meses foi sequer considerado. Pelo contrário. A gestão da Petrobrás insiste em retrocessos, como acabar com a garantia de segurança no emprego, conquistada pelos trabalhadores após a greve histórica de fevereiro de 2020. A empresa também continua impondo prejuízos aos beneficiários da AMS, ao ignorar as propostas da categoria para garantir a sustentabilidade e a qualidade do plano de saúde e o limite de 13% de descontos para todos.

Além disso, os gestores da Petrobrás mantêm os ataques às jornadas de trabalho; retiram direitos dos trabalhadores da Transpetro, alterando as cláusulas do Adicional de Gasoduto e do Adicional de Operação da Mestra Nacional; ameaçam encerrar unilateralmente os acordos regionais pactuados com o Sindipetro NF, que são referência para todos os petroleiros offshore do Brasil; e insistem em atacar as organizações dos trabalhadores, tentando asfixiar financeiramente os sindicatos e reduzindo sua capacidade de atuação.

Veja abaixo o video em que o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, faz uma breve avaliação da reunião:

A FUP reafirmou que é inadmissível a gestão da Petrobrás continuar propondo um Acordo Coletivo rebaixado, desconsiderando a pauta de reivindicações da categoria, enquanto os acionistas recebem superdividendos, às custas do trabalho dos petroleiros e do povo brasileiro, que segue pagando preços abusivos dos combustíveis e amargando os prejuízos das privatizações.

Nesta quinta-feira, 18, as direções da FUP e de seus sindicatos estarão reunidas no Conselho Deliberativo da Federação para definir os próximos passos da campanha reivindicatória e o indicativo para as assembleias. É fundamental que a categoria petroleira siga mobilizada, participando dos atos unificados e pressionando a gestão da Petrobrás a avançar no processo de negociação.

Veja o documento com os principais pontos da terceira contraproposta apresentada pela Petrobrás:

Proposta 170822 Petrobras x FUP

[Da imprensa da FUP]

Nas duas primeiras propostas do Acordo Coletivo de Trabalho, as empresas do Sistema Petrobrás sugeriram a extinção do adicional para os operadores do centro de controle dos gasodutos

[Da Comunicação da FUP] 

Os trabalhadores do Centro Nacional de Controle e Logística (CNCL), localizada no Rio de Janeiro (RJ) e responsável pela operação do sistema de gasodutos da Transpetro (subsidiária integral da Petrobrás), protestam contra a retirada do Adicional de Operação da Mestra Nacional do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Nas duas primeiras propostas para o ACT, as empresas do Sistema Petrobrás sugeriram a extinção do adicional, garantido aos trabalhadores há 20 anos. O adicional foi criado justamente com a inauguração do Centro Nacional de Controle Operacional (CNCO), atual CNCL, que atualmente é responsável por supervisionar milhares de quilômetros de oleodutos 24 horas por dia.

O centro de controle começou a ser constituído após o rompimento de um duto na Baía de Guanabara (RJ), em 1997, que provocou o vazamento de 2,8 milhões de litros de óleo combustível no mar.

Na época, foram feitas pesquisas nas maiores empresas do setor, que nortearam a construção do centro de controle da Transpetro, incluindo adicionais aos operadores – que lidam com funções extremamente complexas, podendo responder civil e criminalmente por suas decisões nos painéis de controle.

Uma reunião entre representantes do setor de Recursos Humanos (RH) da empresa e operadores já foi realizada, nesta semana, mas sem avanços. A Transpetro argumenta que outras empresas do setor não pagam esse adicional aos seus operadores.

“As empresas privadas que foram ‘criadas’ no mercado brasileiro para transporte dutoviário foram a partir da infraestrutura ‘doada’ pela Petrobrás, que também cedeu mão de obra. Essas empresas compraram a base de dados da Transpetro para poderem implementar a sua infraestrutura de comunicação e automação, receberam curso dos técnicos para poderem operar esses dutos e gasodutos e agora se tornaram referência para nós?”, questiona um operador do CNCL, que preferiu não ser identificado.

Os trabalhadores estão abertos ao diálogo e esperam avanços na negociação com a empresa.

 

O Sindipetro-NF denunciou no Boletim Nascente dessa semana a intenção da Petrobras de acabar com direitos regionais conquistados há anos pelo Sindipetro-NF. Correm o risco de acabar conquistas importantes como o Dia de Desembarque, o Auxílio Deslocamento e o Turno Manutenção cuja vigência vai até o próximo dia 13 e a empresa não quer renovar.

Diante dessa ameaça, a diretoria do Sindipetro-NF convoca os trabalhadores e trabalhadores em plataformas a realizar assembleias de 08 à 14/08  com entrega das atas até dia 15/08 às 12h. Os indicativos a serem avaliados são  são de rejeição a proposta apresentada pela Petrobrás para extinguir os acordos regionais sobre o Dia de Desembarque e Turno de Manutenção, e limitar a abrangência do Auxílio Deslocamento; com permanência na mesa de negociação dos acordos;  aprovar a continuidade da mesa negocial para a renovação do Acordo Regional a escolha e aprovação de cinco delegados por plataforma para participação em seminário que acontecerá no dia 24 de agosto de 2022 em formato híbrido.

“Com o fim da ultratividade os acordos perderam valor. Ano passado assinamos um acordo novo com os mesmos direitos, foi uma renovação dos acordos. E agora, dia 13 de agosto, eles acabam e a empresa não quer renovar”, explica o coordenador geral do NF, Tezeu Bezerra.

Cabe lembrar que em 28 de junho, a diretoria do sindicato encaminhou um ofício à gestão local da Petrobrás solicitando a renovação, mas apenas na sexta passada a empresa retornou, afirmando que quer acabar com o acordo do Dia do Desembarque e Turno da Manutenção. No caso do auxílio deslocamento, a companhia quer cláusula para limitar o direito a técnicos júnior — o que, na prática, acaba com o direito, pois não há quase ninguém como júnior na companhia atualmente. Agora é a hora da categoria mostrar que não aceita a retirada desses direitos.

Acordos Regionais

O acordo regional em vigência foi assinado em 13 de agosto de 2021 e a íntegra do documento está disponível no site do Sindipetro-NF, em is.gd/acordoregional21_22. Os direitos são resultados de grande pressão da categoria e negociações do sindicato para que fossem reconhecidas especificidades dos petroleiros e petroleiras da região que precisam de amparo em acordo coletivo.

Veja o Edital abaixo:

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

PeIo presente, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense – Sindipetro/NF – convoca os empregados das estatais Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobrás, lotados em sua base territorial, para Assembleia Geral Extraordinária, na qual, observando o quórum estatutário em 1ª chamada e com o quórum dos presentes em 2ª chamada, conforme calendário apresentado abaixo, haverá deliberação sobre os seguintes indicativos da entidade a respeito da negociação para o Acordo Coletivo Regional que regula e estipula condições sobre: o Dia de Desembarque; o Auxílio Deslocamento e o Turno de Manutenção:

 

I) Rejeição a proposta apresentada pela Petrobrás para extinguir os acordos regionais sobre o Dia de Desembarque e Turno de Manutenção, e limitar a abrangência do Auxílio Deslocamento; 

II) Aprovar a continuidade da mesa negocial para a renovação do Acordo Coletivo Regional que regula e estipula condições sobre: o Dia de Desembarque; o Auxílio Deslocamento e o Turno de Manutenção: 

III) Escolha e aprovação de cinco delegados por plataforma para participação em seminário que acontecerá no dia 24 de agosto de 2022. 

Calendário

Plataformas: 08/08 à 14/08 (entrega das atas até dia 15/08 às 12h).

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Nesta sexta-feira (05/08) deu início o calendário de lutas unificadas da campanha reivindicatória, exigindo um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) digno, e na luta em defesa do Sistema Petrobrás contra as privatizações

Após a intransigência da gestão bolsonarista da empresa, que insiste na indecorosa proposta de ACT, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) iniciaram as mobilizações na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) em Cubatão.

A categoria petroleira tem também participado ativamente dos atos por democracia e pela reconstrução do país, se organizando em comitês populares de luta junto com os sindicatos e movimentos sociais, e participará dos atos em todo o país no dia 11 de agosto.

No ato desta sexta-feira participaram petroleiros do Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Norte Fluminense, Unificado de São Paulo e aposentados do Litoral Paulista. Diretores da FUP de várias regiões do Brasil participaram do ato.

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A luta unificada busca um ACT digno, com avanço nas cláusulas sociais e na AMS, ganho real e reposição das perdas salariais. Os 17 sindipetros aumentaram a pressão por uma nova proposta de acordo digna e que atenda as reivindicações da categoria, já que a empresa vem enrolando a categoria, pressionando para assinar um acordo indecoroso às presas.
Enquanto os acionistas da Petrobrás enchem o bolso de dinheiro, (https://fup.org.br/dividendos-da-petrobras-sao-8-vezes-maiores-que-investimentos-e-162-superior-ao-lucro-liquido-do-trimestre/) a alta cúpula da empresa oferece migalhas à força de trabalho, trata com desdém as reivindicações e tenta empurrar um calendário de reuniões temáticas que se estende até o dia 11 de agosto para “ganhar tempo”.

Contra a privatização!

As mobilizações também têm como pauta a privatização da Petrobrás que segue em curso graças à sanha privatista do atual governo. Assim como nos anos 90, quando grande parte das estatais foram vendidas a preço de banana, o processo tem sido o mesmo: sucateamento, retirada de direitos, desmoralização da força de trabalho e descrédito das companhias frente à opinião pública, com campanhas massivas da mídia.

Conforme aprovado pelo Conselho Deliberativo, a FUP realizará atos conjuntos com a FNP ao longo da campanha reivindicatória e em defesa do Sistema Petrobrás e da soberania.

Veja o calendário:

11/08 – Ato às 07h na REPLAN (Paulínia/São Paulo)
11/08 – Atos em Defesa da Democracia, às 11h, no Largo de São Francisco, e às 16h na Avenida Paulista, em frente ao MASP (São Paulo)
12/08 – Ato às 11h no EDISEN (Rio de Janeiro)
16/08 – Ato às 7h na REPAR (Araucária/Paraná)
17/08 – Ato às 7h na SIX (Paraná)
19/08 – Ato às 7h na REFAP (Rio Grande do Sul)
23/08 – Ato às 7h na REVAP (São José dos Campos/São Paulo)
24/08 – Ato às 7h na REDUC (Duque de Caxias/Rio de Janeiro)
25/08 – Ato no Norte Fluminense (Rio de Janeiro)

O Conselho Deliberativo da FUP, formado pela direção da Federação e por representantes de todos os sindicatos filiados, rejeitou a segunda contraproposta de Acordo Coletivo que foi apresentada ontem (19/07) pelo Sistema Petrobrás. A rejeição foi comunicada à empresa nesta quarta-feira, 20.

O Conselho Deliberativo indicou a realização imediata de reuniões temáticas entre a FUP e o RH da Petrobrás, buscando avanços na negociação do Acordo Coletivo. No documento encaminhado à empresa, a FUP cobrou a realização de cinco reuniões específicas de negociação, com os representantes da FUP e sindicatos que já vinham discutindo questões relativas à AMS, ao Banco de Horas, à HETT/Tabelas de Turno, ao Teletrabalho, à SMS e outros temas.

“O objetivo é iniciar imediatamente essas reuniões temáticas, em modo online, para buscar na mesa de negociação as principais reivindicações aprovadas na Plenafup. Essas reuniões podem ocorrer até paralelamente, para que tenhamos tempo necessário para avançarmos”, explica o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

DNE 044.2022 - Mesas de Negociação – 2ª rodada – ACT 2022

A nova contraproposta apresentada pela Petrobrás é praticamente a repetição da primeira, que foi rejeitada por unanimidade na grande maioria das bases. A empresa mantém o desmonte das principais conquistas dos trabalhadores, insistindo na retirada de direitos históricos, como a AMS e o regime de turno, em um ataque sem precedentes à categoria petroleira.

Além disso, a Petrobrás insiste na extinção do parágrafo 4ª da Cláusula 42, que trata sobre segurança no emprego, e na imposição de arrocho salarial para os trabalhadores, enquanto os gestores acumulam superbônus e os acionistas são beneficiados com dividendos recordes, às custas dos altos preços dos combustíveis e das privatizações.

Acesse aqui a íntegra da segunda contraproposta apresentada pela Petrobrás.

Somam-se a esses ataques, as práticas antissindicais da gestão do Sistema Petrobrás, que tem violado a liberdade de organização e de autonomia sindical, como a FUP e os sindicatos têm reiteradamente denunciado. Outro absurdo é a chantagem da gestão da Petrobrás, que insiste em não prorrogar o Acordo Coletivo, tentando impor goela abaixo da categoria prazo de fechamento até 31 de agosto. “Já afirmamos em mesa para o RH da Petrobrás que essa chantagem vergonhosa da gestão, que corre contra o tempo para tentar desmontar no ACT, não vai nos intimidar”, reitera Deyvid.

Assembleias para aprovar mobilizações

É fundamental que os petroleiros e petroleiras respondam a esses ataques com mobilizações e organização. Por isso, o Conselho Deliberativo da FUP aprovou a realização de assembleias até o dia 31 de julho, para aprovar um calendário permanente de mobilização durante o processo de negociação, entre outros encaminhamentos.

A Federação também buscará a FNP para construir um calendário conjunto de mobilizações e atos nacionais em defesa dos direitos históricos dos petroleiros e contra a privatização da Petrobrás.

Como aprovado nas últimas assembleias, a categoria está em estado de greve e de assembleia permanente, portanto, é importante que cada trabalhador e trabalhadora participe das assembleias, se engajando na campanha reivindicatória para fortalecer a FUP na mesa de negociação. Veja abaixo os indicativos:

  1. Calendário de mobilizações, durante toda negociação do ACT
  2. Repúdio e denúncia contra os ataques à autonomia e à liberdade sindical
  3. Aprovação de manifesto em defesa da democracia e do respeito aos resultados das eleições 2022

Principais pontos da pauta de reivindicações protocolada pela FUP

  1. Reposição da inflação e das perdas salariais dos últimos acordos
  2. Garantia no emprego
  3. Resolução dos pontos soltos do ACT (fórum de efetivos, teletrabalho, HETT, banco de horas, tabela de turno, AMS)
  4. Restabelecimento do Fundo Garantidor para proteção dos direitos dos trabalhadores terceirizados
  5. Realização de um Fórum Nacional para discutir a terceirização no Sistema Petrobrás
  6. Resgate da AMS (garantia da margem consignável de 13%, restabelecimento da relação de custeio 70×30, buscar uma alternativa para o atual índice de reajuste das tabelas)
  7. Valorização da função dos brigadistas e fortalecimento das brigadas
  8. Exames periódicos para prevenção das seqüelas decorrentes da Covid-19
  9. Garantia incondicional do Direito de Recusa
  10. Licença paternidade de 60 dias
  11. Proteção das trabalhadoras lactantes, com afastamento das áreas insalubres pelo tempo em que estiver amamentando
  12. Defesa da Petros
  13. Garantia da liberdade sindical

[Da comunicação da FUP]

Em reunião com a FUP e seus sindicatos nesta terça-feira, 19, a gestão da Petrobrás teve a cara de pau de apresentar aos trabalhadores o que na prática é a repetição da mesma contraproposta de Acordo Coletivo que já havia sido rejeitada pela categoria nas assembleias.

As “novidades” apresentadas pela empresa ficam por conta do reajuste de 7%, que continua abaixo da inflação projetada para o período, e do recuo em relação à retirada da Gratificação de Campo Terrestre de Produção e das dobradinhas (remuneração dos feriados trabalhados durante o turno). A contraproposta foi seguida pelas subsidiárias, com exceção da PBio, que mantém a proposta de reajuste de 5%.

Os gestores da Petrobrás insistem em manter os ataques feitos na primeira contraproposta que indignou a categoria, a ponto de ter sido rejeitada por unanimidade em todas as bases. “Não tivemos praticamente qualquer avanço relevante. Nos preocupa muito chegar ao meio de julho com uma segunda proposta nesse nível. É como se vocês (gestores) estivessem incitando propositalmente a categoria contra a empresa”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, na mesa de negociação.

Ele reiterou que os sindicatos não irão se intimidar com o limite de fechamento do Acordo que está sendo imposto pela Petrobrás, quando a empresa reafirma em mesa o prazo de  31 de agosto para conclusão do ACT 2022.  “Mais uma vez, insistimos em resolver o Acordo na mesa de negociação, mas a Petrobrás parece que prefere o conflito, pelo que está posto nesta segunda contraproposta, indecorosa”, lamentou Deyvid, informando ao RH da empresa que o Conselho Deliberativo da FUP deverá rejeitar a nova contraproposta.

A reunião do Conselho Deliberativo da FUP será nesta quarta-feira, 20, a partir das 10h, quando a diretoria da Federação e as representações de todos os seus 13 sindicatos irão definir os próximos passos da campanha reivindicatória.

Veja como foi a íntegra da reunião com a Petrobrás e suas subsidiárias, acessando o Radar FUP

[Da imprensa da FUP]

Nesta terça-feira, 19/07 às 13:30h acontece a segunda reunião presencial da mesa de negociação com o RH do Sistema Petrobrás. A contraproposta apresentada pela empresa no dia 20/06 foi rejeitada por unanimidade pela categoria petroleira nas assembleias realizadas pelos sindicatos filiados à FUP.

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15:30

Reunião encerrada.

15:28

“Não tem condição alguma de levarmos sequer essa proposta para as assembleias. Não vamos nos intimidar com os limites de fechamento do Acordo que vocês estão impondo. Mais uma vez, insistimos em resolver o Acordo na mesa de negociação, mas a Petrobrás prefere o conflito, pelo que está posto nesta segunda contraproposta, que é indecorosa. O que está posto é praticamente a destruição do Acordo Coletivo”, afirmou o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, no encerramento da reunião com a Petrobrás e subsidiárias.

15:15

A Gerência de Recursos Humanos da Petrobrás apresentou uma nova contraproposta, reiterando que o objetivo da empresa é fechar o Acordo Coletivo até 31 de agosto. Entre as poucas mudanças apresentadas pela empresa, estão:

– Reajuste de 7% 

– Manutenção da Gratificação de Campo Terrestre de Produção

– Manutenção do feriado no turno, conforme cláusula atual do ACT

– Segurança no emprego e excedente de pessoal: a empresa insiste na retirada do parágrafo 4ª da Cláusula 42 e propõe incluir uma cláusula específica para a Gestão Ativa de Portfólio

– Compensação de HEs pendentes (Natal, Ano Novo é Carnaval) dos trabalhadores do administrativo: a empresa estende o prazo para até 31 de dezembro de 2023

A Petrobrás mantém a proposta anterior de remuneração de horas extras, banco de horas, HE/troca de turno, entre outros ataques, como a AMS e a liberdade sindical.

O coordenador da FUP criticou a gestão da Petrobrás por, praticamente, manter a contraproposta anterior, que já foi rejeitada categoricamente pelos trabalhadores. Ele destacou os principais ataques que permanecem em relação aos direitos da categoria, bem como o fato da nova contraproposta não cobrir sequer a inflação do período. “Não tivemos praticamente qualquer avanço. Nos preocupa muito chegar ao meio de julho com uma segunda proposta nesse nível. É como se vocês (gestores) estivessem incitando propositalmente a categoria contra a empresa. Em relação à AMS, então, é um absurdo os ataques contra aposentados, pensionistas e a ativa. Certamente, vamos rejeitar essa contraproposta também”.

14:29

Uma das questões ressaltadas pela FUP é a informação que circula na Petrobrás de que para exercer cargos de gerência, o trabalhador não pode ser filiado ao sindicato ou se for, teria que se desfiliar, o que é ilegal. A representação da Petrobrás negou qualquer recomendação da gestão em relação a isso. A FUP cobrou que a empresa faça uma comunicação corporativa, reiterando que não há impeditivo entre ser filiado ao sindicato e ocupar cargos de liderança na companhia.

14:20

O coordenador da FUP reiterou as denúncias, afirmando a gravidade da Petrobrás tentar cercear o direito dos trabalhadores de filiação aos sindicatos, bem como o acesso de dirigentes sindicais às áreas da empresa, entre outras práticas antissindicais. Deyvid cobrou que o RH tome as devidas providências.

Foto: Paulo Neves

14:14

A gerência de Relações Sindicais da Petrobrás afirmou que não tem autonomia para discutir as questões políticas levantadas pela FUP e disse desconhecer as práticas antissindicais denunciadas pelos dirigentes da entidade. O representante da Petrobrás também reiterou a intenção da empresa de fechar o Acordo Coletivo até o dia 31 de agosto.

14:06

Outro ponto questionado pela FUP foi o fato da Petrobrás querer impedir os trabalhadores de participarem do processo eleitoral, seja como mesários ou fiscais, contribuindo com o processo democrático.

O coordenador da FUP reiterou a preocupação da entidades sindicais com todos estes fatos, principalmente, durante a campanha reivindicatória.

14:02

A FUP denunciou a tentativa de cerceamento da participação dos trabalhadores nas assembleias, com a presença intimidadora da segurança patrimonial das unidades da Petrobrás. Soma-se a isso, a proibição do acesso dos dirigentes sindicais às unidades da empresa, o que é ilegal.

Foto: Paulo Neves

14:00

Os diretores da FUP apontaram a preocupação da Federação com o acirramento das disputas políticas que já estão em curso na Petrobrás, com ataques reiterados à liberdade sindical, fake news na tentativa de desmoralizar os sindicatos e ações autoritárias da gestão, na tentativa de quebrar o elo entre os trabalhadores e o seu sindicato

13:58

Deyvid chamou a atenção das gerências da Petrobrás e subsidiárias presentes na reunião afirmando que os petroleiros e petroleiras estão mobilizados, tanto contra as tentativas de privatização, como o desmonte do Acordo Coletivo, com ataques aos direitos da categoria. “Estamos preparados para a paz, mas quem quer paz também se prepara para a guerra”, afirmou.

13:50

O coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, abriu a reunião, cobrando a realização das próximas reuniões de negociação na sede da FUP

Bacelar reforçou a indignação da categoria petroleira com a primeira contraproposta apresentada pela Petrobrás, o que foi expresso na rejeição massiva, praticamente por unanimidade em todas as bases. O coordenador da FUP também lembrou que os petroleiros aprovaram a greve por tempo indeterminado, caso o governo Bolsonaro leve adiante seu plano de privatização da Petrobrás, apresentando ao Congresso Nacional projeto de lei com essa finalidade.

13:45

A reunião está iniciando neste instante, com apresentação dos dirigentes sindicais e dos representantes da gestão da Petrobrás e subsidiárias.

13:30

Início previsto da mesa.

 

 

 

Enquanto tem lucros bilionários, a gestão da Petrobrás exige “resiliência” dos trabalhadores e trabalhadoras. Empresa propõe apenas 5% de reajuste salarial, menos da metade da inflação acumulada dos últimos 12 meses

Nesta segunda-feira (20), a Petrobrás apresentou a primeira contraproposta para o ACT 2022/2023, que não atende as demandas dos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás e subsidiárias (Transpetro, PBio, TBG e Termobahia) que foram definidas na 10ª Plenafup (Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros), e entregue e protocolada no último dia 2 de junho.

A empresa propõe:

  • Reajuste de 5% na tabela de salário básico, RMNR, adicional de permanência no Amazonas, VA/VR e benefícios educacionais
  • Gratificação de campo terrestre de produção: descontinuidade
  • Serviço extraordinário: acréscimo de 50%, exceto em caso em que a legislação preveja diferente
  • Banco de horas: todas horas extras serão creditadas no banco de horas
  • Feriado turno: remunerado com acréscimo de 50% 1 de janeiro, segunda e terça carnaval até meio dia de quarta-feira, 1 de maio e 25 de dezembro, suprimindo feriados
  • Hora extra troca de turno: de 75% para 50% adequado a legislação
  • AMS: Retirar do ACT, deixando a gestora do Plano a APS com custeio de 50X50, oficializando descontos abusivos
  • Segurança no emprego: Exclusão do parágrafo 4⁰, cláusula 42 para a inclusão de uma nova cláusula para: “Gestão ativa de portfólio”
  • Jornada de trabalho TIR – turno ininterrupto de trabalho nas áreas administrativas/não industrial em ambiente não confinados: a empresa poderá implementar o turno de revezamento de 12h mantendo a relação de folga 1×1
  • Teletrabalho: a empresa quer aprender e promover o seu aperfeiçoamento antes de regrar no ACT
  • Vigência do acordo de 01 ano com manutenção da data-base em 01/09/2022

Os representantes do RH da Transpetro, PBIo e Termobahia estavam presentes na reunião e ficaram de enviar as contrapropostas formalmente via ofício, seguindo a da Petrobrás. Os representantes da TBG não estavam presentes.

  • O RH da Transpetro propõe retirar na cláusula do adicional de gasodutos o inciso que fala na continuidade do Estudo sobre novo adicional de dutos, e também o de Mestra Nacional concedido a quem trabalha na sede no CNLC.
  • O RH da PBIo propõe a retirada da cláusula de excedente de pessoal porque a empresa está sendo privatizada e as ações judiciais estão atrapalhando a venda por causa da cláusula de garantia de emprego.
  • O RH da Termobahia vai apresentar até 30/Jun.

O diretor da FUP, Paulo Neves, questionou a falta de vergonha da empresa em apresentar uma proposta com o reajuste muito abaixo da inflação e da realidade do país, tendo em vista as marcas salariais que já vem ocorrendo ao longo dos anos.

Reafirmou também a importância da AMS estar regulada dentro do ACT e não somente a sua gestão: “A saúde do trabalhador não pode ser considerada um custo para a companhia quando ela é um investimento, pois um trabalhador saudável produz mais e melhor. Sem contar os diversos problemas de saúde que são consequências da profissão de quem troca a sua vida pela empresa”. O diretor completou: “O plano já é um plano de alto custo para muitos trabalhadores, e não gostaríamos de perder ainda mais, inclusive, o ideal seria reverter para o 70×30. Precisamos também discutir o índice de reajuste, pois o VCMH nos castiga com reajustes altos”.

O coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, informou que a partir da proposta apresentada, a FUP irá convocar o Conselho deliberativo, que deverá encaminhar o indicativo para as assembleias de rejeição dessa contraproposta da empresa. “Saímos desta reunião indignados. E a decepção dos trabalhadores será grande”, declarou.

No CD, que será realizado nesta querta-feira (22/06) pela manhã, a FUP irá debater também a  ameaça de privatização da Petrobrás que o governo Bolsonaro está tentando passar no Congresso Nacional mediante PL apoiado pelo seu capacho, Arthur Lira.

Proposta Petrobras 20-06-22 (1)
Apresentação proposta 20-06-22
Carta RH_RS_NS 0271-2022 - FUP - Negociação ACT 2022 (1)
Carta de Encaminhamento - 22-06-22 - Final.docx
Carta TP PRES RH CREM RRTS 126 2022 - Proposta Transpetro ACT 2022
Carta de Encaminhamento - FUP

Nesta segunda-feira, 20/06 às 13:30h acontece reunião presencial da mesa de negociação com o RH do Sistema Petrobrás. Os representantes da categoria devem receber a primeira contraproposta à pauta de reivindicações para os ACTs da Petrobrás e subsidiárias (Transpetro, PBio, TBG e Termobahia) que foi definida na 10ª Plenafup (Plenária Nacional da FUP), e entregue e protocolada no último dia 2 de junho.

Os petroleiros e petroleiras anteciparam as negociações do ACT para engajar a categoria nas lutas contra a privatização da Petrobrás e na campanha eleitoral, que será definidora para os trabalhadores brasileiros.

Apresentação Proposta – 20/06/2022

Carta RH_RS_NS-0271 – 2022 – FUP – Negociação ACT 2022

Proposta Petrobrás – 20/06/2022


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13:40

“Inicia agora a primeira reunião de mesa única do ACT 2022, após duas tentativas e cancelamentos por parte da gestão da Petrobrás. Após a entrega das pautas pela FUP e FNP, no dia 02 de junho, a empresa postergou duas vezes as reuniões que ocorreriam no prédio da Petrobrás, no Rio de Janeiro, e transferiu para a data de hoje, em um hotel, no centro da cidade”.

13:45

“Estão presentes os representantes das empresas das áreas do RH Petrobrás, RH Transpetro, RH PBio e RH TermoBahia. O RH da TBG não pôde estar presente”.

13:50

“O coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, relembra a fragilidade que a empresa encontra-se sem que um Presidente permaneça no cargo e fez a crítica ao governo com a saída do atual presidente, inclusive, nesta segunda-feira. De acordo com ele, esta instabilidade do governo se reflete na Petrobrás, com o projeto de privatização. Reflete também, no processo de negociação do Acordo Coletivo da categoria petroleira”.

13:55

O coordenador da FUP cita os pontos de pauta indicados pela Federação na sua proposta, apresentada no dia 02 para a empresa:

1. Reposição da inflação e das perdas salariais dos últimos acordos
2. Garantia no emprego
3. Resolução dos pontos soltos do ACT (fórum de efetivos, teletrabalho, HETT, banco de horas, tabela de turno, AMS)
4. Restabelecimento do Fundo Garantidor para proteção dos direitos dos trabalhadores terceirizados
5. Realização de um Fórum Nacional para discutir a terceirização no Sistema Petrobrás
6. Resgate da AMS (garantia da margem consignável de 13%, restabelecimento da relação de custeio 70×30, buscar uma alternativa para o atual índice de reajuste das tabelas)
7. Valorização da função dos brigadistas e fortalecimento das brigadas
8. Exames periódicos para prevenção das sequelas decorrentes da Covid-19
9. Garantia incondicional do Direito de Recusa
10. Licença paternidade de 60 dias
11. Proteção das trabalhadoras lactantes, com afastamento das áreas insalubres pelo tempo em que estiver amamentando
12. Defesa da Petros
13. Garantia da liberdade sindical

13:58

“Deyvid: “A FUP sempre se esforça ao máximo para resolver tudo em mesa de negociação. Caso não seja conquistado em mesa, após não haver mais alternativas, aí sim damos outros encaminhamentos”.

13:59

O assessor econômico da FUP pelo DIEESE, Cloviomar Cararine, faz uma apresentação para os presentes da conjuntura política e econômica da atual estrutura da Petrobrás e de seus trabalhadores e trabalhadoras.

14:08

Após a apresentação do DIEESE, o coordenador da FUP fez um adendo “é um absurdo que o lucro da Petrobrás vá quase que em sua totalidade para o exterior e para seus acionistas, sem a criação de novas políticas para benefício do país e da população brasileira”.

14:12

A Petrobrás inicia agora a sua apresentação sobre a proposta da empresa. O representante da empresa informa que a intenção deles também é encerrar o processo em mesa de negociação, até 31/08″.

14:23

“A proposta da Petrobrás é de reajuste de 5% na tabela de salário básico, RMNR, adicional de permanência no Amazonas, VA/VR. A partir de 1/09. Para os benefícios educacionais e programa jovem universitário, o reajuste também de 5%, a partir de Janeiro/2023.”

14:28

Sobre os assuntos:

Gratificação de campo terrestre de produção: descontinuidade.

Serviço extraordinário: acréscimo de 50%, exceto em caso em que a legislação preveja diferente.

Banco de horas: todas horas extras serão creditadas no banco de horas

Feriado turno: remunerado com acréscimo de 50% 1 de janeiro, segunda e terça carnaval até meio dia de quarta-feira, 1 de maio e 25 de dezembro, suprimindo feriados.

Hora extra troca de turno: de 75% para 50% adequado a legislação

14:36

Sobre a AMS, a direção da Petrobrás quer retirar os itens relacionados à AMS do ACT, deixando a gestora do Plano a APS. Com um custeio de 50X50. Além disso: Aumenta a margem de 30% para 40% e oficializa descontos além dessa margem.

14:40

Segurança no emprego: Exclusão do parágrafo 4⁰, cláusula 42 para a inclusão de uma nova cláusula para: “Gestão ativa de portfólio”.

14:47

Condições de trabalho:
Jornada de trabalho TIR – turno ininterrupto de trabalho nas areas administrativas/não industrial em ambiente nao confinados: a empresa poderá implementar o turno de revezamento de 12h mantendo a relação de folga 1×1

Teletrabalho: a empresa quer aprender e promover o seu aperfeiçoamento antes de regrar no ACT

15:05: Vigência do acordo de 01 ano com manutenção da data-base em 01/09/2022.

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Foto: FUP
15:00

O diretor da FUP, Paulo Cardoso, questionou sobre a proposta apresentada pelo Sindipetro Caxias que trata do Adicional de Gasodutos da Transpetro. Já havia sinalização de avanço na negociação por parte do presidente da empresa, porém o gerente da Transpetro disse que não houve avanços na negociação e será apresentada a última proposta da empresa, que acaba com este adicional se não se adequar a cláusula.

15:05

A diretora da FUP, Cibele Vieira, questionou a empresa quanto a mudança na cláusula do ACT da manutenção do emprego, tendo em vista a redução brusca do efetivo no atual cenário político. Todos os itens que foram apresentados pela empresa retrocederam: “Do que adianta falar que querem debater em mesa o acordo, se a proposta é na íntegra de retrocesso para o trabalhador? Enquanto vocês pedem resiliência para os sindicatos, a Petrobrás pagou hoje a primeira parcela dos lucros aos acionistas. Da forma que foi apresentada, a proposta da empresa é um começo muito ruim para a negociação”.

15:15

A diretora da FUP, Andressa Delbons, lembrou a todos e todas da importância em destacar no acordo coletivo a licença paternidade de 60 dias e a proteção das trabalhadoras lactantes, com afastamento das áreas insalubres pelo tempo em que estiver amamentando, pela preservação da mãe e do bebê.

15:19

O diretor de SMS da FUP e do Sindipetro NF, Raimundo Teles, alertou sobre a necessidade da valorização da vida dos trabalhadores da empresa, tanto da integridade física quanto mental, além da valorização da função dos brigadistas e fortalecimento das brigadas.

Lembrou também da necessidade de exames periódicos para prevenção das sequelas decorrentes da Covid-19.

15:25

O diretor da FUP, Paulo Neves, questionou a falta de vergonha da empresa em apresentar uma proposta com o reajuste muito abaixo da inflação e da realidade do país, tendo em vista as marcas salariais que já vem ocorrendo ao longo dos anos.

Reafirmou também sobre a importância da AMS estar regulada dentro do ACT e não somente a sua gestão: “A saúde do trabalhador não pode ser considerada um custo para a companhia quando ela é um investimento, pois um trabalhador saudável produz mais e melhor. Sem contar os diversos problemas de saúde que são consequências da profissão de quem troca a sua vida pela empresa”. O diretor afirmou: “O plano já é um plano de alto custo para muitos trabalhadores, e não gostaríamos de perder ainda mais, inclusive, o ideal seria reverter para o 70×30. Precisamos também discutir o índice de reajuste, pois o VCMH nos castiga com reajustes altos”.

15:36

Deyvid Bacelar: “a partir da proposta apresentada, iremos convocar o Conselho deliberativo da FUP, que deverá encaminhar o indicativo para as assembleias de rejeição dessa contraproposta da empresa. Saímos desta reunião indignados. E a decepção dos trabalhadores será grande”.

Encerrada a reunião.