Objetivo é construir um calendário unificado de luta com a FNP e demais entidades que integram o Fórum em Defesa dos Participantes da Petros
[Da imprensa da FUP]
Visando a construção de um calendário unificado de luta com participação da FNP e de outras entidades que integram o Fórum em Defesa dos Participantes da Petros, a FUP e seus sindicatos estão adiando para junho a realização do ato nacional que havia sido convocado para esta quarta-feira, 29, em frente ao Edisen, no Rio de Janeiro, e nas bases do Sistema Petrobrás. A nova data da mobilização será anunciada em breve.
A FUP também solicitou à nova presidenta da Petrobrás, Magda Chambriard, o agendamento de reunião com as representações sindicais para apresentação e discussão das principais pautas da categoria petroleira que ainda aguardam definição da diretoria da empresa. Em documento enviado a Chambriard, são elencados diversos temas prioritários, tanto em relação ao resgate de direitos, quanto à reconstrução do Sistema Petrobrás, como empresa pública e integrada.
A solução dos déficits estruturais do fundo de previdência e do plano de saúde, cuja conta está sendo imposta aos trabalhadores e às suas famílias, é o primeiro ponto da pauta corporativa destacado no documento. Outros temas que estão na ordem do dia da categoria, como mudanças no Plano de Cargos e Remuneração (PCAC x PCR) e na política de remuneração variável (PLR x PPP), também constam na carta encaminhada à presidenta da Petrobrás, assim como a anistia das punições e demissões políticas de trabalhadores e dirigentes sindicais perseguidos pelos últimos governos, entre diversas outras reivindicações.
O documento da FUP reforça também as propostas construídas pela categoria petroleira e que serviram de contribuição para o capítulo de energia do Plano de Governo do presidente Lula e discussões no gabinete de transição. Na carta a Magda Chambriard, a diretoria da federação reitera a urgência da Petrobrás assumir o seu papel de relevância na indústria nacional e o protagonismo na reconstrução do Brasil e na transição energética justa.
“Sabemos que os desafios dessa luta são enormes, pois os interesses do capital financeiro de curto prazo têm contaminado a atuação da Petrobrás. Se nos tempos do governo do PT, a estatal brasileira se consolidou como uma empresa integrada de energia, atuando do poço ao poste, com investimentos crescentes em renováveis, nas gestões Temer e Bolsonaro, a empresa priorizou a remuneração do capital financeiro, se desfazendo de ativos para pagar altos dividendos aos grandes fundos de investimento nacionais e internacionais”, destaca a FUP no documento.
A reunião com a presidenta da Petrobrás foi confirmada para o dia 11 de junho, às 14h30, no Edisen.