As manifestações no Paraná fazem parte do calendário de lutas unificadas da campanha reivindicatória 2022. Na sexta, 19, haverá mais um ato, desta vez na REFAP, no Rio Grande do Sul
[Com informações da imprensa do Sindipetro PR/SC]
Petroleiras e petroleiros de todos os cantos do país estarão no Paraná nesta terça e quarta, 16 e 17 de agosto, para os atos nacionais contra a privatização da Petrobrás e por direitos que acontecem na Repar, em Araucária, e na SIX, em São Mateus do Sul, respectivamente.
As mobilizações fazem parte do calendário de lutas unificadas da campanha reivindicatória 2022 da categoria petroleira, que combate às privatizações no Sistema Petrobrás e busca um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) digno, sem retirada de direitos, além de melhores condições aos trabalhadores terceirizados.
Já foram realizados atos na RPBC, em Cubatão/SP, na REPLAN, em Paulínia/SP, e no EDISEN, no Rio de Janeiro. Ainda está semana, haverá mais um ato, na sexta-feira, 19, na REFAP, no Rio Grande do Sul. Os atos prosseguem na semana seguinte. Veja abaixo o calendário de mobilizações.
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A agenda de lutas prevê nove grandes mobilizações, a maioria em refinarias, além da participação dos petroleiros nos atos em defesa da democracia.
“Estamos enviando representantes das nossas bases em todos as mobilizações programadas. Da mesma forma, vamos receber petroleiras e petroleiros de todo o país nas nossas bases nos dias 16 e 17. Como anfitriões, temos que mostrar a nossa força e ter a maior participação possível da categoria nos atos na Repar e na SIX, pois todas as unidades da Petrobrás no Paraná e Santa Catarina estão em processo de privatização”, convocou Alexandro Guilherme Jorge, presidente do Sindipetro Paraná e Santa Catarina.
Por um ACT digno
O que está em jogo nesta campanha é a luta contra a tentativa da Petrobrás de rebaixar o Acordo Coletivo de Trabalho, retirando diversas cláusulas sociais e alterando capítulos como o da AMS e o de SMS. Além disso, a empresa não repõe sequer a inflação do período, propondo para os trabalhadores míseros 7% de reajuste, após distribuir mais de R$ 130 bilhões em dividendos, somente no primeiro semestre deste ano.
É, portanto, inadmissível, que, nas duas contrapropostas apresentadas à categoria, a Petrobrás insista na retirada de direitos e em reajuste abaixo da inflação.
Como mais uma tentativa de buscar avanços na negociação, a FUP propôs a realização de reuniões temáticas, que foram aceitas pela empresa. Ao todo, foram realizadas cinco reuniões online, que começaram na primeira semana de agosto, quando as representações sindicais iniciaram a discussão sobre AMS (dia 04) e Banco de Horas (dia 05).
Na semana passada, foram debatidas as propostas dos trabalhadores para Tabela de Turno, HETT e Teletrabalho (dia 08) e para o capítulo de SMS (dia 09) do ATC. Houve ainda, mais uma uma rodada de negociação sobre AMS (dia 10) e sobre Banco de Horas (dia 11).
Os representantes da Petrobrás, no entanto, continuaram resistentes em construir alternativas para o Acordo Coletivo que levem em consideração as reivindicações dos trabalhadores. Esse tem sido o comportamento dos gestores, principalmente no governo Bolsonaro, quando os canais de interlocução com os sindicatos foram esvaziados e transformados, quando muito, em espaço de escuta, sem abertura para uma negociação de fato.
A FUP e seus sindicatos reiteraram em todas as reuniões temáticas que continuarão buscando avanços na mesa de negociação e cobraram a continuidade do processo, lembrando que um dos pontos da pauta aprovada pela categoria petroleira é a prorrogação do ACT até o final das negociações, como sempre foi prática da empresa.
A partir de agora é pressão máxima por uma nova proposta que atenda as principais reivindicações dos trabalhadores.
Contra a privatização
Conforme aprovado nas assembleias, é fundamental que a categoria petroleira fortaleça as mobilizações, aumentando a pressão sobre os gestores da Petrobrás, para que avancem nas negociações do Acordo Coletivo. Os atos unitários, que estão sendo realizados em conjunto com a FNP, também têm como pauta barrar a privatização da Petrobrás, que segue a pleno vapor e ao apagar das luzes do atual governo.
Assim como nos anos 1990, quando grande parte das estatais foram vendidas a preço de banana, o processo tem sido o mesmo: sucateamento, retirada de direitos, desmoralização da força de trabalho e descrédito das companhias frente à opinião pública, com campanhas massivas da mídia.
Próximas mobilizações
16/08 – Ato às 7h na REPAR (Paraná)
17/08 – Ato às 7h na SIX (Paraná)
19/08 – Ato às 7h na REFAP (Rio Grande do Sul)
23/08 – Ato às 7h na REVAP (São José dos Campos/São Paulo)
24/08 – Ato às 7h na REDUC (Duque de Caxias/Rio de Janeiro)
25/08 – Ato no Norte Fluminense (Rio de Janeiro)