FUP cobra mudança de postura da Petrobrás em relação ao banco de horas e reafirma disposição de negociação

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Na reunião temática de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho, realizada nesta quinta-feira, 11, a FUP e seus sindicatos cobraram que a Petrobrás apresente uma proposta que sinalize vontade política em buscar uma solução para o impasse que a gestão da empresa criou ao insistir na imposição do banco de horas.

Foi a segunda rodada de negociação que tratou sobre esse tema. A primeira ocorreu no último dia 05, quando a FUP defendeu a posição dos trabalhadores contrária à política de redução de efetivos e de sobrecarga de trabalho, cuja consequência é o aumento da insegurança e dos casos de adoecimento, principalmente, nas áreas operacionais, onde a gestão da Petrobrás insiste em colcocar no banco todas as horas extras.

O RH da empresa, no entanto, não apresentou qualquer alteração na atual proposta sobre o tema, nem insinuou a intenção de mudança de postura, reafirmando que a posição da gestão é de incluir no banco todas as horas extras, inclusive as de regime especial.

A FUP reforçou o caráter extraordinário das horas extras e o direito dos trabalhadores receberem por elas. As representações sindicais também reafirmaram a importância de se buscar uma solução negociada para o banco de horas, lembrando que essa é uma questão que tem impactos em outras pendências de descumprimento do Acordo Coletivo que se arrastam há tempos, como o HETT e o repouso semanal remunerado, além de estar relacionada diretamente à necessidade de recomposição dos efetivos.

FUP quer avanços. Petrobrás insiste no impasse

As reuniões temáticas foram propostas pela FUP à Petrobrás, como mais um esforço das direções sindicais em buscar avanços na discussão do Acordo Coletivo de Trabalho, já que as duas contrapropostas da empresa foram rejeitadas pela categoria. O calendário teve início na semana passada, quando a FUP e seus sindicatos iniciaram a discussão sobre AMS (dia 04) e Banco de Horas (dia 05).

Ao longo desta semana, foram realizadas reuniões temáticas nas segunda (08), sobre Tabela de Turno, HETT e Teletrabalho, e na terça (09), sobre SMS. Ontem (10), teve mais uma rodada sobre AMS e nesta quinta (11), sobre Banco de Horas.

Os representantes da Petrobrás, no entanto, demonstraram em todas as reuniões falta de disposição em construir alternativas para o ACT que levem em consideração as reivindicações dos trabalhadores. Esse tem sido o comportamento dos gestores, principalmente no governo Bolsonaro, quando os canais de interlocução com os sindicatos foram esvaziados e transformados, quando muito, em espaço de escuta, sem abertura para uma negociação de fato.

A FUP e seus sindicatos reiteraram em todas as rodadas temáticas que continuarão buscando avanços na mesa de negociação e cobraram a continuidade do processo, lembrando que um dos pontos da pauta aprovada pela categoria petroleira é a prorrogação do ACT até o final das negociações, como sempre foi prática da empresa.

Participe das mobilizações

Conforme aprovado nas assembleias, é fundamental que a categoria petroleira fortaleça as mobilizações, aumentando a pressão sobre os gestores da Petrobrás, para que avancem nas negociações do Acordo Coletivo. Na última sexta-feira, 05, sindicatos da FUP e da FNP realizaram um grande ato conjunto na RPBC e nesta quinta, 11, a mobilização foi na REPLAN e nas ruas, nos atos em defesa da democracia e por eleições livres.

Confira o calendário de luta:

12/08 – Ato às 11h no EDISEN (Rio de Janeiro)

16/08 – Ato às 7h na REPAR (Paraná)

17/08 – Ato às 7h na SIX (Paraná)

19/08 – Ato às 7h na REFAP (Rio Grande do Sul)

23/08 – Ato às 7h na REVAP (São Paulo)

24/08 – Ato às 7h na REDUC (Rio de Janeiro)

25/08 – Ato no Norte Fluminense (Rio de Janeiro)

[Da imprensa da FUP]