NÃO VAI TER GOLPE

“Sem anistia”: FUP e sindicatos reforçam defesa da democracia em manifestações contra o terrorismo e o golpismo

Foto: Guilherme Gandolfi/Mídia Ninja

Militantes e dirigentes sindicais petroleiros engrossaram os atos desta segunda em diversas capitais do país. Manifestantes defenderam a democracia, rechaçaram o terrorismo bolsonarista e reivindicaram punição para os que alimentam e financiam o golpe 

[Com informações da Rede Brasil Atual e do Brasil de Fato]

Manifestantes foram às ruas nesta segunda-feira (9) para defender a democracia, ameaçada por atos de terrorismo promovidos por bolsonaristas em Brasília, no domingo. Em mobilizações nas principais avenidas e praças brasileiras, estudantes, trabalhadores, políticos e ativistas defenderam a soberania da vontade popular expressa com lisura nas urnas. Rechaçaram a violência e o terrorismo bolsonaristas e reivindicaram que – sem anistia – todos as pessoas envolvidas nos atos golpistas sejam processadas e punidas. Inclusive aquelas que investem recursos financeiros e equipamento, como têm feito muitos empresários.

Além destes, as manifestações pediram o devido enquadramento daqueles que, historicamente, têm promovido a narrativa política da intervenção militar no país, da derrubada de governos democraticamente eleitos, e da retomada de regimes autoritários. É o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na disputa à reeleição.

Dirigentes da FUP e de seus sindicatos participaram de atos no Rio de Janeiro, em Macaé (Norte Fluminense), em São Paulo, em Salvador, em Manaus, em Fortaleza, em Recife, em Belo Horizonte, em Curitiba, em Porto Alegre, entre outras cidades.

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Presente ao ato de Salvador, o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, ressaltou a importância da população e dos movimentos democratícos organizados seguirem alertas e atentos contra o golpismo. Ele também denunciou as ameaças terrorista contra a Petrobrás, destacando que o movimento sindical petroleiro e os trabalhadores nas bases não se deixarão intimidar.

“Vamos continuar firmes e fortes contra atos terroristas e continuar impedindo possíveis ataque às bases da Petrobrás em todo o Brasil. Nós acreditamos e também lutaremos em defesa do governo Lula, legitimamente escolhido pelo povo, que irá reconstruir o nosso país e garantir uma vida mais digna e feliz para os brasileiros. Golpistas não passarão e esses crimes não ficarão impunes”, afirmou Deyvid.

A palavra de ordem que mais se ouviu nos atos pelo país afora foi “sem anistia”. A demanda se volta, em especial, à responsabilização do ex-presidente Bolsonaro pelos crimes cometidos durante seu mandato. Mandato este cujos últimos dois dias ele já passou nos Estados Unidos, onde permanece desde que não tem mais foro privilegiado.

A reivindicação, já expressa com força pela multidão que compareceu à posse do presidente Lula, ganha agora novos contornos, com a exigência de que sejam responsabilizados os participantes do intento golpista e, principalmente, seus financiadores, impulsionadores e as autoridades estatais coniventes. Entre elas, o governador do Distrito Federal afastado por 90 dias pelo STF, Ibaneis Rocha (MDB), e seu secretário de segurança exonerado, Anderson Torres.