Page 3 - A Greve pelo Brasil
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2015 2015
O ANO QUE
NÃO TERMINOU
A greve de novembro de 2015 foi muito mais do que deixou de cumprir o seu papel de indutora do desenvol-
uma disputa capital-trabalho. Foi um movimento político vimento nacional e passou a ser gerida para atender ao
de defesa da soberania nacional, de contestação ao modelo mercado. O Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 reduziu
econômico recessivo e de enfrentamento aos grupos inter- drasticamente os seus investimentos e colocou à venda
nacionais que tentam se apossar do petróleo brasileiro. ativos estratégicos, penalizando os trabalhadores e o povo
A Petrobrás e as reservas do Pré-Sal estão no centro da brasileiro com medidas inaceitáveis.
crise política e econômica, que se intensiicou após o resul- Ao longo de todo o ano de 2015, os petroleiros cum-
tado das eleições de 2014, com a ascensão do conservado- priram o seu papel de guardiões da Petrobrás e do Pré-Sal,
rismo e as tentativas golpistas de aniquilação do governo mobilizando os movimentos sociais e as forças progressis-
popular democrático. tas em torno de uma Pauta pelo Brasil. O recado foi dado
O sistema de partilha passou a ser duramente atacado no na histórica plenária de julho, com a acertada e corajosa
Congresso Nacional, com uma série de projetos de Lei do PSDB deliberação de que a luta pela soberania estaria acima de
e do DEM que visam retirar do Estado brasileiro o controle sobre qualquer questão corporativa.
a mais promissora reserva de petróleo da atualidade. Vinte anos após a emblemática greve de maio de
A Petrobrás, cujos investimentos gerados respondiam 1995, a categoria voltou a ser vanguarda nas lutas da
por 13% do PIB, passou a ser ainda mais atacada, vítima de classe trabalhadora. Os petroleiros deixaram a sua marca
uma campanha sórdida de desmoralização, após a desco- em 2015, com um movimento eminentemente político e
berta do condenável esquema de corrupção, que agia na ideológico, que garantiu aos trabalhadores o fato inédito
empresa desde o governo Fernando Henrique Cardoso. de disputarem os rumos da maior empresa nacional. Essa
Disputada pelos entreguistas e fragilizada pela crise é uma luta que só está começando e que se intensiicará
internacional que derrubou os preços do petróleo, a estatal em 2016, com novas batalhas contra o retrocesso.
O ANO QUE
NÃO TERMINOU
A greve de novembro de 2015 foi muito mais do que deixou de cumprir o seu papel de indutora do desenvol-
uma disputa capital-trabalho. Foi um movimento político vimento nacional e passou a ser gerida para atender ao
de defesa da soberania nacional, de contestação ao modelo mercado. O Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 reduziu
econômico recessivo e de enfrentamento aos grupos inter- drasticamente os seus investimentos e colocou à venda
nacionais que tentam se apossar do petróleo brasileiro. ativos estratégicos, penalizando os trabalhadores e o povo
A Petrobrás e as reservas do Pré-Sal estão no centro da brasileiro com medidas inaceitáveis.
crise política e econômica, que se intensiicou após o resul- Ao longo de todo o ano de 2015, os petroleiros cum-
tado das eleições de 2014, com a ascensão do conservado- priram o seu papel de guardiões da Petrobrás e do Pré-Sal,
rismo e as tentativas golpistas de aniquilação do governo mobilizando os movimentos sociais e as forças progressis-
popular democrático. tas em torno de uma Pauta pelo Brasil. O recado foi dado
O sistema de partilha passou a ser duramente atacado no na histórica plenária de julho, com a acertada e corajosa
Congresso Nacional, com uma série de projetos de Lei do PSDB deliberação de que a luta pela soberania estaria acima de
e do DEM que visam retirar do Estado brasileiro o controle sobre qualquer questão corporativa.
a mais promissora reserva de petróleo da atualidade. Vinte anos após a emblemática greve de maio de
A Petrobrás, cujos investimentos gerados respondiam 1995, a categoria voltou a ser vanguarda nas lutas da
por 13% do PIB, passou a ser ainda mais atacada, vítima de classe trabalhadora. Os petroleiros deixaram a sua marca
uma campanha sórdida de desmoralização, após a desco- em 2015, com um movimento eminentemente político e
berta do condenável esquema de corrupção, que agia na ideológico, que garantiu aos trabalhadores o fato inédito
empresa desde o governo Fernando Henrique Cardoso. de disputarem os rumos da maior empresa nacional. Essa
Disputada pelos entreguistas e fragilizada pela crise é uma luta que só está começando e que se intensiicará
internacional que derrubou os preços do petróleo, a estatal em 2016, com novas batalhas contra o retrocesso.
