Medida tem sido reivindicada de forma permanente pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que cobra a reavaliação do Plano Estratégico da empresa
[Da Comunicação da FUP]
O Ministério de Minas e Energia enviou ofício à gestão da Petrobrás, solicitando a suspensão das privatizações na companhia, pelo prazo de 90 dias, “em razão da reavaliação da Política Energética Nacional atualmente em curso e da instauração de nova composição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)”. O recebimento do documento foi anunciado pela estatal nesta quarta-feira (01/03).
Em vídeo, o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, afirmou: “A eleição do presidente Lula e a pressão da FUP e da categoria petroleira, começam a surtir efeitos. O MME, que errou com as indicações de bolsonaristas e privatistas para o conselho de administração da Petrobrás, agora acerta ao solicitar a suspensão das vendas ou privatizações”.
O MME também solicitou à gestão da Petrobrás o envio dos documentos desses processos, que, segundo Bacelar, precisam ser “avaliados, investigados, para que a nova administração tome uma posição. Posição essa que deve ser a de cancelamento dessas privatizações”.
A Federação Única dos Petroleiros tem mantido uma firme e constante oposição aos processos lesivos de privatizações impostos à Petrobrás pelas gestões entreguistas que tomaram a empresa após o golpe de 2016, e tem cobrado a suspensão do Plano Estratégico da Companhia.
Em ofício enviado à gestão em novembro de 2022, solicitando a suspensão do Plano estratégico, a FUP já afirmava: “Estamos numa transição de governo. Logo, é razoável que o Plano Estratégico da Companhia 2023-2027 seja realizado a partir das orientações e prioridades estratégicas dos representantes do novo governo”
Após o anúncio da solicitação do Ministério, Bacelar afirma: “ A FUP espera uma manifestação pública da gestão da Petrobrás, na qual afirme que vai suspender as privatizações, acatando a solicitação do acionista majoritário da Petrobrás, representado nesse caso pelo MME: o povo brasileiro”.