Dirigentes sindicais reafirmaram a importância do governo priorizar os compromissos assumidos com a sociedade e a categoria petroleira de reconstrução do Sistema Petrobrás
[Da imprensa da FUP]
Em reunião com o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, dirigentes da FUP e de seus sindicatos reafirmaram a importância do governo priorizar os compromissos assumidos com a sociedade e a categoria petroleira de reconstrução do Sistema Petrobrás. O encontro ocorreu na terça-feira, 10, em Brasília, onde uma comitiva da Federação vem realizando, desde segunda-feira, 09, uma agenda de reuniões com representantes do governo Lula.
A FUP reforçou o apoio ao projeto de resgate da soberania nacional e de uma transição energética, se colocando à disposição para um amplo debate sobre a pauta da categoria petroleira para reconstrução da Petrobrás e o fortalecimento do setor de óleo e gás no desenvolvimento do país.
O diretor da FUP e presidente da ANAPETRO, Mário Dal Zot, destacou “a importância estratégica da manutenção do parque de refino brasileiro na mão do Estado” e que “a tentativa de ataque às refinarias da Petrobrás pelos terroristas que estão agindo contra a democracia, fato que está sendo repelido pelos petroleiros de todo Brasil” endossam a importância estratégica dessas unidades.
Os dirigentes sindicais reiteraram também a necessidade da estatal ter protagonismo na transição energética para que ocorra de forma justa e sustentável e com geração de empregos e renda para o povo brasileiro. Neste sentido, foi ressaltada a urgência da Petrobrás voltar a ser uma empresa integrada e retomar papel central no setor de fertilizantes e petroquímico.
“O ministro se mostrou bastante receptivo, concordando que é muito importante a utilização do gás para produção de fertilizantes e que isso precisa ser feito o mais rápido possível. Ele se colocou à disposição para novas reuniões e enfatizou que está aberto a um processo permanente de interlocução com as organizações sindicais”, ressaltou o diretor da FUP, Gerson Castellano.
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Outro ponto tratado com o ministro foi o fortalecimento do parque de refino da Petrobrás e a suspensão imediata das vendas de ativos. O coordenador do Sindipetro Amazonas, Marcus Ribeiro, relatou a situação da Refinaria de Manaus (Reman), que foi vendida de forma irregular para a distribuidora Atem, no final de 2022, ao apagar das luzes do antigo governo. O ministro se comprometeu a analisar atentamente o caso.
A FUP também solicitou ao ministro Alexandre Silveira que interceda em relação à questionável decisão da ANP de paralisar todas as atividades de 37 campos de produção terrestre da Petrobrás na Bahia.
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A decisão foi comunicada pela agência no dia 15 de dezembro, em plena transição de governo, e impactou cerca de 4.500 trabalhadores, além provocar perda de receita como royalties e ISS para os municípios de Esplanada, Cardeal da Silva, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças.
A FUP reivindicou que o ministro busque junto à ANP a discussão de um Termo de Ajustamento de Conduta que viabilize a continuidade da manutenção desses campos e uma possível retomada da operação.
Além dos diretores da FUP, Gerson Castellano, e Mário Dal Zot e do coordenador do Sindipetro AM, Marcus Ribeiro, participaram da reunião com o ministro o diretor da CUT e do Sindipetro PR/SC, Roni Barbosa, o diretor do Sindiquímica Paraná, Santiago Santos, além de assessores da FUP e do Ministério.