Transição energética justa

FUP participa de reunião preparatória para a COP27 na Alemanha

Gerson Castellano, representante da FUP, durante seu discurso na reunião. Foto: Divulgação.

Petroleiros e petroleiras terão papel fundamental na transição energética, e precisam participar dos processos de decisão sobre o assunto

[Da Comunicação da FUP]

Uma representação da Federação Única dos Petroleiros (FUP) está na cidade de Bonn, na Alemanha, participando da reunião do clima (SB56), preparatória para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27) que acontecerá em novembro, no Egito.

Gerson Castellano, diretor de Relações Internacionais da FUP está participando nos debates como representante da federação, mas também como representante da Confederação Sindical de Trabalhadores/as das Américas (CSA).

Plenária de abertura da SB56. Foto: Divulgação ONU.

Transição com os trabalhadores e trabalhadoras

A posição da CSA reforça a importância da transição energética, mas destaca a importância de que não sejam os trabalhadores que paguem o custo dela: “Qualquer transição terá impactos. A classe trabalhadora propõe que, se a transição energética é justa, então não serão os trabalhadores e trabalhadoras os que percam o emprego ou piorem suas condições de trabalho, nem as comunidades as que percam seus meios de vida e seus territórios”.

Gerson Castellano, representante da FUP, durante seu discurso na reunião. Foto: divulgação.

Castellano, que levou essas demandas na reunião, disse: “É preciso envolver os trabalhadores neste processo urgente de transição, é preciso proteção social é aposentadoria, saúde, segurança, vida digna. Não há transição energética possível sem os trabalhadores”. Nesse sentido, reafirmou a importância de participar neste tipo de eventos: “A transição é uma realidade. Doer a quem doer. E a questão é simples: ou os trabalhadores e trabalhadoras nos envolvemos, ou ficamos de fora. Nossa participação desde já vai fazer muito a diferença lá na frente”.

O representante da FUP também chamou a atenção para as gritantes diferenças entre o norte global e países como o Brasil, elemento a se considerar na hora de pensar uma transição justa: “No meu país temos trinta e três milhões de pessoas com fome, quase quinze milhões de desempregados e outras dezenas de milhões trabalhando informalmente ou precarizados. No Brasil ainda temos casos de trabalhadores escravizados. Movimentos sociais e sindicatos são perseguidos e criminalizados pelo governo Bolsonaro, que nega a ciência e os direitos humanos”.

E finalizou destacando a importância de eleger um novo governo: “Hoje eleger Lula é nossa prioridade, porque qualquer transição justa passa por um governo justo”

Leia na íntegra o documento com as reivindicações da CSA:

Proteccion Social y Transición Justa