A Federação Única dos Petroleiros e seus sindicatos filiados realizaram atos nas bases para marcar a data de 69 anos da Petrobrás e reafirmar a luta contra a privatização da Petrobrás
[Da Comunicação da FUP]
Na segunda-feira (3), a Petrobrás completou 69 anos de vida. E os completou sob grave ataque do governo Bolsonaro, que está desmontando e entregando esse patrimônio, que é um dos mais valiosos e prezados do nosso povo. Mas como não há nada a comemorar, os petroleiros e petroleiras organizaram atos em várias regiões do país para marcar a data e reforçar a luta contra a privatização.
O coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, afirmou: “Estamos mobilizados e unidos para demonstrar ao governo e à gestão da Petrobrás que não iremos arredar o pé, e lutaremos com todas as nossas forças para barrar qualquer tentativa de privatização, assim como lutaremos para reconstruir o papel vital da empresa no desenvolvimento nacional”. Em todos os atos, os petroleiros e petroleiras falaram da importância da categoria não apenas votar no projeto que defende a Petrobrás, a Soberania Nacional e a Classe Trabalhadora, mas também de conversarem com as pessoas que ainda estão indecisas ou não querem ir votar no dia 30 de outubro. Na PLENAFUP desse ano, a categoria petroleira aprovou o apoio total à candidatura do Presidente Lula e esse é um dos três eixos da campanha reivindicatória desse ano, junto com a luta contra as privatizações do Sistema Petrobrás e pelos direitos históricos dos petroleiros e petroleiras de todo Brasil.
Veja a relação dos atos:
Amazonas
Petroleiros e Petroleiras do Amazonas, organizados no Sindipetro-AM, estiveram hoje de manhã frente à Refinaria de Manaus, e deram o recado em defesa da Petrobrás:
Bahia
Na Bahia, o ato aconteceu na unidade de Taquipe, que faz parte do Polo Bahia Terra, de produção e extração de petróleo e gás natural da Petrobrás. Durante a mobilização, os trabalhadores repudiaram os ataques xenofóbicos e racistas direcionados aos nordestinos pelo atual presidente Bolsonaro.
Pernambuco-Paraíba
O ato organizado pelo Sindipetro-PE PB, aconteceu na refinaria Abreu e Lima. Lá, os trabalhadores e trabalhadoras distribuíram panfletos, e dialogaram sobre o desmonte do Sistema Petrobrás promovido pelo governo Bolsonaro, e seu ministro de economia Paulo Guedes.
Minas Gerais
O ato ocorreu na Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Betim. O diretor do Sindipetro-MG, Alexandre Finamori, afirmou: “Por conta dessa lógica da privatização e do desmonte do patrimônio público, em Minas Gerais estamos com a Petrobrás querendo sair do estado. Por isso precisamos lutar, ainda mais nesse momento eleitoral, onde temos dois projetos em disputa para o Brasil”.
Finamori acrescentou: “aqui estão os trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás, que defendemos essa empresa, patrimônio do povo, criado pelo povo, que conseguiu descobrir o pré-sal rompendo todas as barreiras tecnológicas a partir da tecnologia e o saber dos brasileiros e brasileiras”. O diretor destacou a importância de defender a Petrobrás ainda mais esse ano: “Sabemos que a luta em defesa da Petrobrás está relacionada diretamente com a disputa eleitoral. Nessa disputa de dois projetos tão diferentes para o Brasil, um que pretende ampliar a Soberania Nacional, e fortalecer a empresa, e outro que propõe a privatização, mais do que nunca se faz necessário defender a Petrobrás, porque no ano em que completa 69 está ameaçada de não completar 70”.
Espírito Santo
Petroleiros e petroleiras realizaram uma ação de venda de gás a preço justo rente ao prédio da Petrobrás em Vitória. Para o diretor do Sindipetro-ES, Hoffmann Niso, “foi muito significativo, na foto que tiramos foi como se fosse o povo abraçando a Petrobrás, a Petrobrás voltando aos braços do povo, de onde nunca deveria ter saído”.
E acrescentou: “Simbolicamente representou a resistência e a luta em defesa da Petrobrás, do que ela significa para o povo brasileiro, a esperança de termos combustíveis mais baratos, mas também alimentos, porque tudo depende dos fertilizantes, do frete, do diesel, o povo quer comprar a preço justo”.
Paraná-Santa Catarina
Com um ato na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), os petroleiros e petroleiras protestaram contra o desmonte da estatal. A diretora do Sindipetro PR-SC, Elisangela Costa, afirmou: “É muito triste ver o que está acontecendo com a nossa empresa, mas eles não passarão, vamos lutar e a Petrobrás vai continuar sendo nossa empresa, a emrpesa de cada brasileiro e brasileira, porque não só os petroleiros devem defender a Petrobrás, mas toda a população”.
Destacou ainda a importância da conscientização neste mês de outubro para prevenir o Câncer de mama e criticou o Governo Bolsonaro, inimigo das mulheres, e que cortou verbas para a prevenção e o tratamento da doença.
SIX
Outro ato aconteceu frente à Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul (PR), usina que está em processo avançado de venda. Para dar seguimento à entrega da unidade, no último sábado (1), a Petrobrás transformou a Six em subsidiária.
Mario Dal Zot, presidente da Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobrás (Anapetro), afirmou: “Está se confirmando essa falcatrua que estão fazendo ao entregar esse patrimônio do povo brasileiro. O potencial que essa empresa tem é muito grande, por isso que estão vendendo barato, para outros se aproveitarem, e se aproveitar em cima do lombo dos trabalhadores”.
Rio Grande do Sul
No sul do Brasil, foi na REFAP onde petroleiras e petroleiras, organizados no Sindipetro-RS deram o recado em defesa da Petrobrás pública, e realizaram uma intervenção. Assista o vídeo: