Fertilizantes

Nova audiência de conciliação no TST representa mais um passo importante para a reabertura da FAFEN-PR

Representantes da FUP que participaram de audiência em Brasília afirmam que foi muito importante para a reabertura da fábrica hibernada pelo governo Bolsonaro

Aconteceu nesta quarta-feira (22), no Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília, uma audiência de crucial importância para a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR).

Durante a audiência, realizada na Cejusc do TST, a Petrobrás apresentou uma nova proposta, na qual retirou o prazo determinado do contrato de trabalho, mas manteve a decisão de não contratar aposentados e trabalhadores que eram administrativos. A justificativa da empresa em relação aos trabalhadores do administrativo foi a falta de especialização necessária desses trabalhadores (saber notório), o que é imprescindível para a reabertura segura e eficiente da fábrica.

Por outro lado, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Petroquímicas do Paraná (SINDIQUÍMICA-PR) e a Federação Única do Petroleiros (FUP), anuindo com a posição do MPT e do TST sobre a impossibilidade legal da contratação dos trabalhadores aposentados, apresentaram uma contraproposta que defende a inclusão de demais trabalhadores essenciais à retomada das operações da fábrica.

Essa contraproposta visa garantir que um número maior de empregados tenha a oportunidade de contribuir para o processo de reativação da unidade, assegurando a continuidade do emprego para muitos profissionais qualificados.

Delegação da FUP avaliou a reunião como positiva. Foto: Divulgação.

Para o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, essa foi uma audiência muito importante no caminho para reabrir a FAFEN: “Lá soubemos que a Petrobrás tomou a decisão de avançar nas negociações para a contratação dos trabalhadores que foram demitidos. Isso representa um grande avanço e ocorre logo na semana da conciliação trabalhista, que sempre defendemos. Ter uma notícia dessas é algo muito positivo e é fruto da mobilização da categoria, que está aprovando o estado de greve e um calendário intenso de mobilizações”.

Segundo Marco Godinho, coordenador geral do SINDIQUÍMICA-PR, “a audiência de hoje marcou um passo significativo na negociação entre as partes envolvidas, evidenciando o esforço conjunto para encontrar uma solução que atenda tanto aos interesses da Petrobrás quanto às demandas dos trabalhadores representados pelo SINDIQUÍMICA-PR.”

Ficou decidido que novas audiências serão realizadas nos dias 29 de maio e 05 de junho, com o objetivo de obter o aval do TST e do MPT sobre as minutas do Acordo Coletivo de Trabalho. Essas sessões serão fundamentais para a definição dos termos finais e para assegurar que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados, garantindo ao mesmo tempo a viabilidade operacional da fábrica.