Data é marcada por atos e debates organizados pelo Sindipetro do Norte Fluminense em memória das vítimas e para que nunca mais se repita
[Da Comunicação da FUP, con informações do Sindipetro-NF]
Em 15 de março de 2001, um acidente na então maior plataforma do mundo, que operava no campo de Roncador, na Bacia de Campos, marcou para sempre a memória da categoria petroleira. A plataforma P-36 sofreu duas explosões em uma de suas colunas num intervalo de 20 minutos e o incêndio provocado levou a vida de onze petroleiros que trabalhavam no combate do fogo. Dias depois, toda a estrutura afundou.
Esse foi um dos maiores desastres da história do setor de petróleo como um todo. No ano passado, quando a tragédia completou 22 anos, a conselheira eleita pelos trabalhadores no CA da Petrobrás, Rosângela Buzanelli, relembrou no seu blog: “o acidente da P-36 deixou evidente o processo de desmonte que a estatal vinha sofrendo no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2003, período esse que foi marcado pela política de redução de investimentos na empresa e o corte de custos, processo, processo que se revigorou a partir de 2016 e ganhou mais força nos últimos quatro anos”.
No momento atual, com a mudança na gestão da Petrobrás, os desafios são diferentes, mas continuam sendo vários.
A FUP espera, e está lutando para que assim seja, que o novo governo e a nova gestão da empresa retomem com força os investimentos na companhia, acabem as políticas de austeridade, e garantam a saúde e dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras da Petrobrás, para que tragédias como essa nunca mais aconteçam.
Debates e atos
O Sindipetro-NF realizou na manhã desta sexta-feira (15) um ato no Heliporto do Farol de São Thomé, em Campos dos Goytacazes, com a presença da diretoria sindical e com familiares das vítimas da tragédia na plataforma P-36.
Na tarde de quinta-feira (14), o sindicato organizou um debate sobre o tema: “Efeitos da Precarização do Trabalho”, no Auditório da sede em Campos.
O debate pode ser assistido na íntegra no seguinte link:
Todos os anos o sindicato marca a data, como forma de homenagem aos trabalhadores mortos e de cobrança pela vigilância constante em relação à prevenção aos acidentes e adoecimentos relacionados ao trabalho.
JAMAIS ESQUECEREMOS!
Adilson Almeida de Oliveira
Charles Roberto Oscar
Emanoel Portela Lima
Ernesto de Azevedo Couto
Geraldo Magela Gonçalves
Josevaldo Dias de Souza
Laerson Antônio dos Santos
Luciano Cardoso Souza
Mário Sérgio Matheus
Sérgio dos Santos Souza
Sérgio dos Santos Barbosa
