Trabalhadores se mobilizam contra desmonte do serviço público, retirada de direitos, desemprego e privatizações

Protestos do Dia de Luta e Mobilizações, em apoio à greve dos servidores contra a reforma Administrativa, começaram já nas primeiras horas da manhã. Manifestantes também pedem o impeachment de Bolsonaro e a volta do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. 

[Com informações da CUT e da Rede Brasil Atual]

A quarta-feira (18) amanheceu com a resistência nas redes e nas ruas de várias cidades do país contra o projeto de destruição do Brasil, capitaneado pelo presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), que só apresenta projetos para desmontar políticas públicas essenciais para a população brasileira, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020, da reforma Administrativa, principal pauta das mobilizações deste dia.

Logo nas primeiras horas do dia, as hashtags #18ADiaDeLuta e #SosServiçoPúblico já estavam entre os assuntos mais falados no Twitter e outros atos para barrar a alteração na Constituição já estão sendo divulgados.

Se aprovada, a reforma administrativa vai desmontar o serviço público em áreas como saúde e educação, e quem vai pagar a contra serão os trabalhadores mais pobres que dependem desses serviços.

Essa é a razão da greve dos servidores públicos de todas as esferas, que está sendo reforçada por diversas categorias profissionais, com atos e mobiização que colocam em pauta também reivindicações urgentes como auxílio emergencial de R$ 600, medidas contra a fome, a carestia e os preços altos que estão estrangulando o orçamento das famílias brasileiras. Também exigem celeridade na vacinação, são contra o desemprego e contra as privatizações.

Segundo levantamento da CUT, o dia de luta, greve e mobilizações está sendo realizado em mais de 90 cidades e une trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, que estão fazendo um dia de greve, e da iniciativa privada, que estão fazendo atos em todo o país.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, participou do ato dos servidores públicos em Brasília, em frente ao Congresso Nacional, onde afirmou que as manifestações desta quarta-feira, 18, confirmam a rejeição ao governo Bolsonaro e à proposta de “reforma” administrativa.  Ele advertiu que “se eles pensam que vão (aprovar a PEC 32) sem a resistência da classe trabalhadora, podem esquecer (…) o dia 18 mostrou no país inteiro manifestações no país contra esse governo fascista”.