[Da imprensa do Sindipetro Bahia]
A atual conjuntura e os desafios para 2024 foram discutidos pelo Sindipetro Bahia e pelas principais empresas do setor de petróleo onshore no I Encontro de Sondagem Terrestre Norte-Nordeste, que aconteceu na terça-feira (19), na cidade de Alagoinhas, na Bahia.
Participaram do encontro, representantes da Petrobrás, entre eles o Diretor Executivo de Exploração e Produção da Petrobrás (E&P), Joelson Mendes e representantes de importantes empresas do segmento como Perbras, Conterp, Braserv, Tucano,3R Petroleum, Telsan Alvopetro, PetroReconcavo , RCS e Slim Drilling.
Organizado pelo Sindipetro Bahia, o seminário conseguiu reunir empresas concorrentes entre si para discutir o setor de forma coletiva, sendo o ponto de partida para a construção de algo mais longo e contínuo que venha a trazer benefícios não só para as empresas, mas para os trabalhadores e também para os municípios que fazem parte do chamado cinturão do petróleo, onde essas empresas estão localizadas.
Petrobrás prevê mais investimentos na Bahia
Uma iniciativa pioneira, o encontro foi um fórum aberto, onde as empresas puderam fazer suas apresentações e falar sobre as suas perspectivas para o ano de 2024 em uma nova conjuntura politica e econômica, que aponta mais crescimento, investimento e desenvolvimento para o setor de petróleo onshore, o que foi confirmado pela fala do Diretor de E&P da Petrobrás, Joelson Mendes, que afirmou que a estatal tem hoje um olhar internacional e também de regionalização. “Essa história (do petróleo) começou aqui e vai continuar aqui. Estamos com um olhar para o futuro em relação às atividades da Petrobras na Bahia”. Ele declarou ainda a intenção de explorar mais poços terrestres na região, para “desenvolver essa riqueza, sempre respeitando o meio ambiente”.
Além da questão de mais investimento em segurança, foram pontos comuns abordados pelas empresas, a perspectiva de manutenção das atividades e projetos de perfuração de mais poços de petróleo na Bahia.
Qualificação da mão de obra
O Diretor de Comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, defendeu o nivelamento do setor em relação às condições de trabalho, como salários e assistência médica para todos (este último já consta nos editais de licitação da Petrobrás).
Além de defender melhoria nos contratos como forma de crescimento do setor, Radiovaldo ressaltou a necessidade da contratação e também da qualificação da mão de obra através de realização de cursos gratuitos “o que também beneficiaria as empresas que sofrem com a falta da mão de obra qualificada e acabaria com o chamado “canibalismo”, que é a saída constante de funcionários de seus empregos atraídos por melhores ofertas salariais”.
Radiovaldo pontuou também que “o petróleo paga mais imposto que as empresas do setor automobilístico e emprega mais, porém não tem o mesmo reconhecimento político no estado”. Por isso, precisamos unir o setor petróleo, para que ele seja ouvido”.
A coordenadora do Sindipetro, Elizabete Sacramento, disse esperar que seja possível unir forças para fortalecer as empresas e dar visibilidade, sem esquecer dos trabalhadores. “É necessário ampliar o acesso à dignidade”, afirmou.
Ao final do encontro, a Petrobrás colocou à disposição a sua estrutura de treinamento e desenvolvimento para a qualificação de trabalhadores e os presentes elencaram uma série de propostas para o fortalecimento do setor, coletivamente.
Conheça as resoluções, em forma de proposta, tiradas no encontro:
• Participação das empresas de sondagem e produtoras de petróleo e gás no Comitê de Petróleo e Gás. gerido pelo Sebrae
• Formação de um grupo de trabalho para organizar e dar continuidade à discussão sobre o setor de petróleo onshore
• Qualificação de mão de obra através de parceria com o Senai, de forma coletiva com a participação de todas as empresas, buscando qualificar as funções em toda a cadeia de atividades da sondagem terrestre
• Redução do prazo de experiencia para contratação de trabalhadores para esta atividade, que neste prazo de experiencia seja também contabilizado o tempo de trabalho que o trabalhador possui na indústria do petróleo
• Buscar protagonismo político do setor petróleo onshore junto às instancias federal, estadual e municipal
• Realização de um segundo encontro do setor de sondagem terrestre no primeiro trimestre de 2024 com a participação de representantes das empresas, do governo do estado, da Assembleia Legislativa da Bahia, da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP) e de outras empresas do ramo que não puderam participar do primeiro encontro.
• Apoiar o desenvolvimento de inovações que estão sendo feitas por empresas baianas e que visam aumentar a competitividade do setor, especialmente na produção de poços maduros.