O Sindipetro AM ingressou com denúncia no Tribunal de Contas da União contra o Grupo Atem e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil, a ANP, em decorrência da política abusiva de preços na venda de gás de cozinha adotada pela Refinaria da Amazônia (Ream), que antes da privatização era chamada de Isaac Sabbá, a Reman.
O botijão de gás vendido pela Ream é 37,1% mais caro que o das refinarias controladas pela Petrobrás e está 14% acima do cobrado pela também privatizada Refinaria de Mataripe, na Bahia. Logo que assumiu como controladora da Reman, atual Ream, no último mês de 2022, a Atem anunciou a nova política de preços para a refinaria e aumento dos combustíveis, começando pelo do gás de cozinha.
Considerando o contexto histórico no qual se insere a antiga Reman, reconhecida por comercializar o botijão de 13kg do gás, em média, 0,8% mais barato do que as outras refinarias estatais, este cenário chama atenção já que se inverteu após a privatização e passa a ser o mais caro.
A ausência de medidas frente a tal situação poderá resultar na continuidade da cobrança de valores abusivos para a venda de GLP em refinarias privatizadas, ocasionando uma condição crítica que alcança toda a região norte do país e ferindo a dignidade da população local e consequente aprofundamento das desigualdades.