Sindipetro cobra que empresa que comprou a Rlam reduza o preço da gasolina na Bahia

Foto; Divulgação/Acelem

Após o anúncio da Petrobrás da redução do preço médio de venda da gasolina, a partir desta quarta-feira (15), o Sindipetro Bahia questiona a posição da empresa Acelen, criada pelo fundo árabe Mubadala para operar a Refinaria de Mataripe (antiga Landulpho Alves), na Bahia.

Até o momento, a Acelen não se posicionou oficialmente sobre a redução do preço da gasolina na Bahia. Mas o Sindicato do Comércio de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicombustíveis-BA) emitiu comunicado informando que a Acelen já informou às distribuidoras de combustíveis que não vai praticar a redução, que só será aplicada nas refinarias que ainda estão sob a gestão da estatal.

Nas refinarias da Petrobrás, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,19 para R$ 3,09 por litro, representando uma redução média de 3,13% ou de R$ 0,10 por litro.

Mas na Bahia, devido à privatização da RLAM, os consumidores não serão beneficiados com a redução do preço da gasolina.

O diretor de comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa, lembra que o Sindipetro alertou sobre a criação do monopólio privado internacional com a venda da Refinaria Landulpho Alves. “A prova deste monopólio veio bem mais cedo do que a gente esperava, ou seja, 15 dias depois da privatização da RLAM a Acelen já mostra quem dá as cartas dos preços dos combustíveis na Bahia. Ela não vai reduzir os preços. É o monopólio privado começando a tomar forma na Bahia”, afirma.

Para Radiovaldo, a situação pode ficar ainda pior. “neste momento significa não ter a redução de preços como nos outros estados devido à decisão da Petrobrás, porém mais tarde, há possibilidade de aumento destes preços. O sindicato estava certo quando alertou para os riscos da privatização”.

Ele chama de balela as afirmações do governo federal e do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) de que a Petrobrás teria que vender suas refinarias para acabar com o monopólio e incentivar a livre concorrência. “Cobramos da Acelen que não prejudique os consumidores baianos e reduza o preço da gasolina no estado. Mas a empresa não fará isso. Ela vai buscar o retorno dos investimentos feitos e tentar aumentar o lucro para os seus investidores. A Acelen não tem concorrência, não precisa baixar os preços para competir, pois na Bahia hoje temos um monopólio privado internacional que vai ditar os preços dos combustíveis no estado”.

[Da imprensa do Sindipetro BA]