Convocados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, atos mobilizaram mais de 40 cidades, com pautas em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores
[Da comunicação da FUP, com informações da CUT e Sindipetros]
Petroleirros e petroleiras de vários estados participaram dos atos desta terça-feira, 10 de dezembro, que reforçaram o pedido de prisão para os golpistas, em repúdio às tentativas de anistia dos que atentaram contra a democracia brasileira, ao planejarem um golpe de Estado e os assassinatos do presidente Lula, do seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Investigações da Polícia Federal apontaram o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de lideranças políticas e militares de seu governo no planejamento dos crimes, que culminaram nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Convocados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, os atos tiveram como mote a palavra de ordem “sem anistia”, reunindo milhares de pessoas nas ruas das principais capitais do país, totalizando 40 municípios brasileiros, segundo os organizadores.
Realizada no Dia Internacional dos Direitos Humanos, a manifestação também cobrou uma série de pautas de interesse da classe trabalhadora, como o fim da escala 6×1, com redução da jornada de trabalho, sem redução de salários; reforma tributária, com taxação das grandes fortunas; redução da taxa de juros; pela retirada do PL do estupro; valorização do salário mínimo e das aposentadorias; contra o genocídio da juventude negra e por garantia de investimentos na saúde e na educação, sem redução de gastos públicos.
Dirigentes da FUP e de seus sindicatos marcaram presença nos atos em diversas capitais, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Manaus, Curitiba, Vitória, Fortaleza, Recife, Natal, Salvador, entre outras cidades.
O principal ato foi realizado na capital paulista, com participação de petroleiros na concentração em frente ao MASP. O diretor do Sindipetro Unificado, Rodrigo Araújo, destacou que a mobilização reuniu diversas categorias. “Forte presença dos companheiros e companheiras metroviários, químicos, professores, papeleiros, trabalhadores da construção civil… são diversas categorias unidas contra a anistia para os golpistas, e nós, petroleiros, não poderíamos ficar de fora”, afirmou.
No Norte Fluminense, os petroleiros engrossaram o panfletaço no Terminal Rodoviário Roberto Silveira, em Campos. No Rio de Janeiro, onde dirigentes sindicais petroleiros participaram de reunião da executiva da FUP, uma comitiva de petroleiros participou do ato realizado no Largo da Carioca, no final da tarde.
A diretora da FUP, Cibele Vieira, lembrou que os crimes cometidos pelos mesmos golpistas durante a pandemia não foram punidos e enfatizou que isso não pode ocorrer novamente, com a anistia dos atos golpistas. Veja abaixo: