Em menos de um mês, a P-38 teve três das oito amarras rompidas. No sábado, a P-19 também sofreu o rompimento de duas amarras, o que levou a Petrobrás a desembarcar 24 trabalhadores
[Da assessoria de comunicação da FUP]
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) vem acompanhando, junto com o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), ocorrências de rompimento de amarras em duas plataformas da Bacia de Campos (RJ) – P-38 e P-19. Em menos de um mês, a P-38, que conta com oito amarras no total, teve três amarras rompidas. Já a P-19 sofreu o rompimento de duas de suas dezesseis amarras, no último sábado, 10.
O Sindipetro-NF recebeu a informação da Petrobrás, sobre a P-19, de que “por volta de 16h, ocorreu um balanço da unidade fora do padrão de normalidade. Após a inspeção em campo, foi identificada ausência de tensão nas amarras 5 e 7, indicando suspeita de rompimento das mesmas”.
A suspeita foi confirmada em seguida e a unidade está sendo estabilizada com auxílio de uma embarcação de reboque, para que as demais amarras não sejam forçadas. A empresa desembarcou 24 petroleiros.
“O rompimento das amarras é mais uma consequência do sucateamento que a Petrobrás sofreu nos últimos anos, durante os últimos governos”, destaca Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP. Bacelar lembra que, desde a diminuição de investimento em SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) os incidentes aumentaram.
A P-19 é uma unidade flutuante, ancorada a 179 km da costa do litoral de Campos dos Goytacazes, no Campo de Marlim, e a P-38 está localizada no Campo de Marlim Sul, a cerca de 120 km do continente. As amarras garantem a estabilidade das plataformas, para que permaneçam no mesmo local, mesmo expostas ao movimento causado pelas correntes marítimas.