Atos unificados

Repar recebeu mobilização nacional contra privatizações e por direitos

Lideranças dos movimentos sociais, candidatos do Paraná pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e do Partido dos Trabalhadores (PT) reafirmaram o compromisso com a defesa da Petrobrás como uma empresa nacional e a serviço dos brasileiros e brasileiras.

Petroleiras e petroleiros de todas as regiões do Brasil estiveram nesta terça-feira (16) na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, para participar do ato nacional contra a privatização da Petrobrás e por direitos. A manifestação que faz parte do calendário de lutas unificadas da campanha reivindicatória 2022 contou com o apoio e participação do candidato ao governo do Paraná, Ricardo Gomyde (PDT) e da vice-governadora na chapa, Eliza Ferreira; além de candidatos a deputado estadual, lideranças partidárias e dos movimentos sociais.

O presidente da CUT-PR, Marcio Kieller, ressaltou os desafios dos trabalhadores frente a campanha eleitoral que iniciou no dia de hoje (16/08/22). “Nós precisamos resgatar governos democráticos e populares, governos que tinham o compromisso com políticas públicas que foram descontinuadas, governos que tinham o compromisso com programas sociais que estão esvaziados”. Kieller lembrou dos direitos retirados da CLT em favor do empresariado. “Nenhum foi pra melhorar a vida do trabalhador ou da trabalhadora”, disse.

O coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, falou sobre três temas que estão afligindo a vida dos brasileiros por conta do atual governo. “Nós temos hoje um Brasil de desemprego, carestia e ódio”. Ele lembrou a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-PR), fechada desde 2020 e que gerava mil postos de trabalho em Araucária. “Hoje, quem não conhece aqui um companheiro ou companheira que trabalhava nessa fábrica e está desempregado?”, perguntou. Sobre a carestia Bacelar lembrou que a inflação atingiu os maiores números em 16 anos. “É a maior inflação, principalmente pelo preço dos combustíveis que nós temos hoje e que pressionam a inflação pra cima. A gestão bolsonarista que está hoje a frente da Petrobrás, usa a nossa empresa pra dar dinheiro para acionista, para gringo, estrangeiro, que ganharam somente esse ano 136,4 bilhões de reais em dividendos”, alertou.

O secretário geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), Adaedson Costa, ressaltou que a tarefa do momento é eleger os representantes dos trabalhadores. “Nós, trabalhadores no Brasil todo, somos maioria ou minoria em detrimento ao empresariado? Se nós somos maioria, que cargas d’água a gente não tem representantes lá no Congresso Nacional?”, questionou estimulando a reflexão sobre a importância de uma bancada de deputados e senadores realmente comprometidos com as pautas da classe trabalhadora.

O presidente do Sindipetro PR e SC, Alexandro Guilherme Jorge, criticou a falta de segurança para os trabalhadores Petrobrás. “Você entra pra trabalhar e não sabe se vai sair integro, você entra pra trabalhar e não sabe se vai sair com saúde, você entra pra trabalhar e não sabe se vai sair vivo. Esse mês a gente teve mais uma morte no sistema Petrobrás, mais um camarada nosso, caldeireiro fazendo o seu trampo na plataforma saiu morto, saiu sem vida. Isso é inadmissível pessoal, a última vez que eu vim falar em cima de um caminhão foi exatamente sobre isso. Esse ano já são dois trabalhadores mortos asfixiados dentro da Petrobrás”, denunciou.

Por Sindipetro PR/SC