Em reunião com a Petrobrás nesta segunda, os diretores da FUP levantaram pontos de atenção sobre os fatores que são relevantes para a eficácia do programa e questionaram as indicações e escolhas dos agentes que vão representar os trabalhadores nas unidades
[Da comunicação da FUP]
Diretores da FUP participaram hoje, 16/9, de nova reunião com representantes da Petrobrás para tratar sobre o Programa de Saúde e Bem-estar do Trabalhador. O objetivo da empresa é mostrar o que está sendo feito desde a implantação, há cinco meses, e colher observações para melhoria do programa.
Os diretores da FUP relacionaram uma série de fatores relevantes para a eficácia do programa. São eles: a indicação de representantes dos trabalhadores como agentes, garantindo o conhecimento efetivo de suas necessidades; a extensão do programa aos trabalhadores terceirizados, assim como aos empregados de todas as subsidiárias que compõem o Sistema Petrobrás; a reposição de efetivo para diminuir o número de horas extras praticadas atualmente; origem do recurso para cada unidade realizar adequações no ambiente de trabalho e quais indicadores serão utilizados para medir a eficácia do programa.
As reivindicações dos representantes da categoria tiveram como base a apresentação da Petrobrás, que listou dez iniciativas:
- Valorizar a segurança psicológica nos nossos ambientes de trabalho
- Favorecer o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
- Trabalhar com ritmo e carga de trabalho saudável e sustentável
- Proporcionar ambiente de trabalho livre de violência de qualquer natureza
- Promover a saúde mental
- Incentivar estilo de vida saudável para longevidade
- Oferecer ambientes e condições de trabalho promotores do bem-estar
- Celebrar quem somos e o que fazemos
- Cuidar das lideranças para que cuidem de si e de suas equipes
- Realizar ações de engajamento para o bem-estar das comunidades
Miriam Cabreira, diretora da FUP e coordenadora do Sindipetro RS, iniciou sua fala, chamando atenção e questionando a segunda iniciativa listada. “Como equilibrar a vida pessoal com a profissional diante do grave problema de falta de efetivo que desencadeia a necessidade de muitos terem que trabalhar horas extras? Existe um plano de ação?”.
Miriam completou que esse cenário implica uma mudança de comportamento e em como a empresa está organizada. Raimundo Teles, diretor da FUP e do Sindipetro NF, ressaltou, ainda dentro desse assunto, que é preciso olhar para os trabalhadores que estão em regime de teletrabalho e perguntou se o programa prevê algum tipo de ação para essa situação.
Um dos pontos altos da reunião, relatado pelo diretor da FUP e do Sindipetro MG, Felipe Pinheiro, tem a ver com a maneira como estão acontecendo as indicações e escolhas dos agentes que vão representar os trabalhadores em cada unidade. “O trabalhador vê com desconfiança o compromisso desses agentes que não têm relação direta com quem está no chão de fábrica, já que neste pouco tempo de programa, é possível perceber o perfil desses agentes, alguns são gerentes ou líderes.”
Outro ponto importante ressaltado por Felipe é o fato de ser imprescindível que esse programa seja estendido à categoria petroleira de forma ampla, ou seja, que inclua os empregados terceirizados, definido e registrado em anexo contratual, e também que seja replicado em todas as empresas do sistema Petrobrás.
Alexandre Vieira, diretor da FUP e do Sindipetro NF, trouxe a realidade da alimentação e atividade física dos trabalhadores offshore e questionou como e onde tornar concreta a iniciativa 7, que é a de oferecer ambientes e condições de trabalho promotores do bem-estar. Alexandre reforçou que o programa deve ser pensado para a força de trabalho e deve estar atento ao modelo de coleta e escuta incluindo os integrantes das CIPAS e dos sindipetros.
Por fim, os representantes da categoria questionaram como a Petrobrás vai verificar a eficácia do programa e como vai acontecer a relação com os outros programas já existentes na companhia, como é o caso do Programa Cuidar – Saúde Petrobrás. Os gestores se comprometeram em fazer as devolutivas na próxima reunião e a entrar em contato com os RHs das unidades para receberem as demandas locais.