Na manhã desta terça-feira, 29, os petroleiros das bases da FUP se mobilizaram mais uma vez em defesa da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN).
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O movimento organizado pela Federação Única dos Petroleiros tem como motivação a privatização de parte das plantas da Petrobrás que estão sendo vendidas no acréscimo do segundo tempo do governo Bolsonaro, que chega ao fim no dia 31 de dezembro deste ano.
De acordo com o Coordenador Geral da FUP, Deyvid Bacelar, que faz parte do grupo de trabalho de transição sobre Minas e Entregia, o atual governo está correndo para fechar operações de conclusão de venda, o denominado “closing”, até 31 de dezembro. “É fundamental que seja suspenso todo o atual processo de privatização, uma vez que o governo que está entrando não tem o mesmo posicionamento da atual gestão da Petrobrás”.
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Além da Reman, diveros ativos estão com o processo avançado de privatização, como é o caso das refinarias de Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), no Ceará; Pólo Bahia Terra e Albacora Leste; Terminal Norte Capixaba (TNC); a Petrobras Biocombustível (PBio), entre outros.
Um grande ato nacional está sendo organizado para o dia 7 de dezembro, em diversas unidades do Sistema Petrobrás, para intensificar a luta pela interrupção imediata dos processos de venda.
O diretor do Sindipetro Minas Gerais, Alexandre Finamori, relembrou no ato em seu estado que a luta é necessária. No início desse mês, a população de Minas foi vitoriosa com a notícia sobre a desistência de privatização da REGAP.
Além de Manaus, houve atos em bases da Petrobrás no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Norte Fluminense, Paraná e Bahia.
As manifestaões na Bahia foram na unidade de Taquipe, que faz parte do Polo Bahia Terra, que é o último ativo da Petrobrás no estado. O estado nordestino hoje é a maior mostra da desmonte da estatal no governo Bolsonaro. Além deste polo, só há na Bahia mais duas subsidiárias da empresa: a Termobahia e a PBIO.
O Polo Bahia Terra, que engloba os campos de produção e extração de petróleo e gás de Balsamo, Araças, Buracica, Imbé, Taquipe, Santiago e os Parques Recife, São Sebastião e São Paulo, além da Estação Vandemir Ferreira, também está sendo negociado para venda no apagar das luzes do atual governo.
Apesar da Gerência Geral da UN-BA ter ordenado que os ônibus com os trabalhadores retornassem para Salvador, numa atitude antissindical e de desrespeito, o ato em Taquipe aconteceu assim mesmo.