[Última atualização às 14h57]
Cresceu a participação dos petroleiros na greve geral desta sexta-feira, 30. Em todo o Sistema Petrobrás, os trabalhadores aderiram pela manhã à paralisação iniciada à zero hora nas refinarias.
No Paraná, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Norte e em outros estados, houve bloqueios das rodovias que margeiam os polos industriais.
Na Rodovia do Xisto, em Araucária (PR), os dois sentidos da via ficaram interditados, entre 08h e 10h, em uma ação coordenada pelos petroleiros e petroquímicos. A rodovia dá acesso à Repar e à Fafen-PR. Os bloqueios contaram com a participação de trabalhadores em manutenção indústrial, professores e servidores municipais de Araucária, além da CUT, do MST e do Levante Popular da Juventude.
(Paraná)
Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, os petroleiros participaram de bloqueios da BR-304, que liga o o estado ao Ceará.
(Rio Grande do Norte)
Na Transpetro e nas áreas de exploração e produção, os petroleiros também participam das mobilizações, com atrasos, operações padrão e cortes de rendição em algumas unidades.
Em São Paulo, os petroleiros dos terminais de Guarulhos, Guararema, Barueri, São Caetano e Ribeirão Preto se somaram à greve no início da manhã. Em Duque de Caxias, os trabalhadores do Terminal de Campos Elíseos também aderiram ao movimento. O mesmo aconteceu nos terminais de Uberaba e Uberlândia, em Minas Gerais, no terminal de Brasília (DF), de Senador Canedo, em Goiás, e de Madre de Deus, na Bahia. No Terminal de Cabiúnas, em Macaé, os trabalhadores realizaram setoriais.
(Tecam/Caxias)
Nas usinas termelétricas Leonel Brizola, em Duque de Caxias, Aureliano Chaves, em Minas Gerais, Fernando Gasparian, em São Paulo, e Luís Carlos Prestres, em Três Lagoas (MS), houve também adesão dos trabalhadores à greve desta sexta-feira, 30.
Na Bahia, além da Rlam e da Transpetro, estão paradas as unidades de produção de Taquipe (Araças, Buracica e Fazenda Bálsamo), Fafen e unidades de Candeias (Op-Can e EVF).
No Espírito Santo, os petroleiros das plataformas P-57 e P-58, assim como da UTGC e da UTGSUL, estão realizando operações padrão e não emissão de PTs. Na sede administrativa de Vitória (Edivit), mais da metade do efetivo não foi trabalhar. Há também mobilizações em São Mateus do Sul, área de produção terrestre.
(São Mateus-ES)
No Ceará, os petroleiros também aderiram à greve e estão realizando pela manhã a abertura do congresso regional da categoria, mobilizados em frente à Refinaria de Lubrificantes do Nordeste (Lubnor), em Fortaleza. Com o tema “Nenhum Direito a Menos: tod@s contra o golpe que privatiza a Petrobrás”, o Sindipetro-CE/PI dará continuidade aos debates do congresso no sábado, na sede do sindicato.
(Lubnor-CE)
Nas áreas operacionais do Rio Grande do Norte, tanto na terra, quanto nas platarmos marítimas, estão sendo realizadas paralisações e suspensão da emissão de PTs. Nas áreas administrativas, foram realizados assembleias setoriais, atos públicos e protestos envolvendo trabalhadores próprios e terceirizados, desde as primeiras horas do dia. No Polo de Guamaré, onde as emissões de PTs foram suspensas, os trabalhadores terceirizados da Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC) suspenderam seus serviços por 12 horas. Com isso, a parada da unidade para manutenção está sendo afetada.
No Norte Fluminense, o Sindipetro realizou protestos e bloqueios em vias públicas junto com os movimentos sociais. Nas plataformas e no Terminal de Cabiúnas, os trabalhadores realizaram setoriais para debater a greve e as deliberações do congresso regional da categoria.
Dez refinarias em greve por tempo indeterminado
Todas as refinarias das bases da FUP estão sem troca de turno. A greve teve início à zero hora desta sexta e seguirá por tempo indeterminado, com avaliações diárias da FUP e dos sindicatos.
(Replan)
A paralisação segue forte na Refap (RS), Repar (PR), Usina de Xisto (Six/PR), Replan (Paulínia/SP), Recap (SP), Reduc (Duque de Caxias/RJ), Regap (MG), Rlam (BA), Abreu e Lima (PE) e Reman (AM). Os trabalhadores exigem a suspensão dos cortes de efetivos impostos pelos gestores à revelia das representações sindicais, o que viola o Acordo Coletivo de Trabalho.
(Coordenador da FUP acompanhou a greve na Reduc)
Na quinta-feira, 29, a FUP ingressou com Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica para que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) assegure o cumprimento das cláusulas do Acordo referentes aos capítulos de segurança e efetivos.
Acesse no Facebook da FUP o álbum com as principais fotos da greve
FUP – fotos dos sindicatos