Petroleiras e petroleiros participaram nesta quinta-feira, 11, dos diversos atos que marcaram o lançamento da Carta às Brasileira e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito. O principal deles foi na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), em São Paulo, que contou com a presença de representantes de diversas organizações da sociedade civil, entre elas a FUP. Além de uma multidão que se mobilizava do lado de fora do prédio, a cerimônia de leitura da Carta foi acompanhada por sindicalistas da CUT e das demais centrais, lideranças dos movimentos sociais, juristas, empresários e artistas que, unidos, defenderam o respeito ao resultado das urnas nas eleições de outubro deste ano.
Os atos desta quinta remetem ao momento histórico de 1977, quando uma outra carta de juristas da Universidade de São Paulo tornou-se um marco na luta contra a ditadura militar. Novamente, a sociedade civil se mobiliza por eleições livres e denuncia que no Brasil atual a democracia continua em risco em razão dos ataques autoritários do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Além de São Paulo, os petroleiros participaram de atos de leitura da Carta às Brasileira e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito que foram realizados pela manhã em diversas capitais do país, como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Porto Alegre, Campos dos Goytacazes (RJ) e Campinas (SP). Outros atos aconteceram ao longo do dia, desde a Avenida Paulista (SP) até Manaus, passando por outras capitais, como Belo Horizonte, Vitória e Curitiba, onde os sindicatos petroleiros também se fizeram presentes.
Ato unificado na Replan
No início da manhã, representantes da FUP e dos sindicatos de petroleiros de todo o país estiveram presentes ao segundo ato unificado da campanha reivindicatória, realizado em frente à Refinaria de Paulínia (Replan), no interior de São Paulo, que teve também por eixo a defesa da democracia e da Petrobrás. A atividade faz parte de um calendário nacional de mobilização aprovado pela categoria para pressionar os gestores da empresa a avançar na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Presente no ato, o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, apontou a importância de expandir a luta dos petroleiros para toda a sociedade, além de incorporar as pautas nacionais ao dia a dia do chão de fábrica.
“Não é à toa que este ato está sendo realizado no mesmo dia das mobilizações dos estudantes e da defesa da democracia. A campanha deste ano vem dividida em três eixos. O da defesa dos nossos direitos, a partir da negociação coletiva, que por sinal está muito difícil já que a gestão da empresa tenta nos chantagear com a data de 31 de agosto, que é quando vence o atual ACT. Outro eixo da luta é contra as privatizações, e nesse sentido eles anunciaram a retomada da venda de algumas refinarias. E, por fim, precisamos fazer a defesa total e irrestrita do presidente Lula, além das candidaturas petroleiras e progressistas”, afirmou Bacelar.
As mobilizações no Sistema Petrobrás, por um Acordo Coletivo de Trabalho digno e contra as privatizações, continuam nesta sexta, 12, com ato no EDISEN, no Rio de Janeiro, e ao longo da semna, conforme o calendário abaixo:
Confira os atos onde a categoria petroleira marcou presença nesta quinta:
7h na Replan em Paulínia SP
9h na Praça do Campo Grande em Salvador BA
9h na Praça da Bandeira em Fortaleza CE
10h no Largo do Rosário em Campinas SP
10h no Pelourinho, calçadão de Campos dos Goytacazes RJ
10h30 na Faculdade de Direito em Recife PE
11h na Faculdade de Direito da USP
11h na PUC bairro Gávea, Rio de Janeiro
11h na Faculdade de Direito da UFRGS em Porto Alegre
15h na Praça da Saudade em Manaus AM
16h na Praça da Gentilândia em Fortaleza CE
17h na Av. Paulista em São Paulo
17h na Praça Afonso Arinos em Belo Horizonte
18h na quadra da Novo Império, bairro Caratoira, Vitória ES
18h na Praça Santos Andrade, Curitiba PR
[Comunicação da FUP, com informações da CUT e do Sindipetro SP]