O Conselho Deliberativo da Petros decide hoje, dia 24/03, em reunião extraordinária, se vai pagar os superbonus milionários para os diretores da Petros.
Essa reunião, convocada somente para deliberar esse assunto, mesmo, com uma reunião ordinária do Conselho Deliberativo marcada para o dia 29/03, pode aprovar o pagamento de vultuosos R$ 9,5 milhões.
Toda essa quantia pode ir para o bolso dos diretores da Petros, mesmo após os péssimos resultados financeiros que obtiveram na gestão dos PPSPs, do PP2 e do PP3.
Um verdadeiro absurdo diante das terríveis dificuldades que os participantes e assistidos desses planos estão enfrentando, devido ao pagamento de contribuições extraordinárias, impostas pelos atuais equacionamentos dos seus déficits (PED 2015 e PED 2018) que reduziram o valor dos seus benefícios.
Resta a esses aposentados e pensionistas a esperança que o Conselho Deliberativo não aprove esse absurdo, enquanto aguardam uma solução que acabe com esses descontos nos seus contracheques.
Assim que a reunião do Conselho Deliberativo terminar divulgaremos o resultado dessa votação, como votou cada Conselheiro, eleito ou indicado, quem esteve presente e quem se ausentou dessa importante decisão. Estaremos de olho!
Porque os diretores da Petros não devem receber os superbonus
A atual direção da Petros deve receber os vultosos superbonus?
Para responder essa pergunta, basta verificar as metas que a direção tinha que alcançar na gestão dos PPSPS, do PP2 e do PP3 e qual foi a rentabilidade obtida em cada plano, para concluir que a resposta é: NÃO. Confira:
Além disso, quando comparamos os péssimos resultados obtidos pela direção da Petros em 2019, 2020 e 2021, com os resultados obtidos em outras grandes fundações de empresas estatais, como o Banco do Brasil – BB, a Caixa Econômica Fedferal – CEF e os Correios, na gestão dos seus planos de previdência, fica evidente que o Conselho Deliberstivo não pode aprovar o pagamento desses superbonus:
Além desses péssimos resultados, os participantes e assistidos continuam enfrentando problemas recorrentes e que não foram resolvidos, até hoje, pela atual direção da Petros:
1- o atendimento telefônico da nossa Fundação é precário e não resolve os problemas mais simples dos participantes e assistidos;
2- o atendimento presencial foi suspenso, e mesmo após a pandemia não retornou;
3- a concessão de benefícios demora excessivamente e sem explicação;
4- não há transparência nos atos da direção da Petros e do próprio Conselho Deliberativo;
5- O aplicativo da Petros é muito limitado e só fornece informações básicas; e
6- O portal da Petros é muito pouco amigável e tem uma interação limitada com os participantes e assistidos;
Se não bastasse tudo isso, os participantes e assistidos da Petros ainda terão que amargar, ou já estão sofrendo, novos prejuízos nos seus contracheques devido a:
– nova cobrança do PED 2015 decorrente aos erros no cálculo do valor devido ao que foi disponibilizado no simulador da Petros;
– um novo equacionamento no PPSP dos Repactuados, o PED-2021, a partir de abril deste ano;
– um provável novo deficit no PPSP dos Não Repactuados, que poderá levar a um novo equacionamento, a partir de abril de 2024;
– um provável redução no valor dos benefícios pagos pelo PP3, a partir de junho de 2023.
Portanto, diante de todos esses fatos, é um absurdo que o Conselho Deliberativo da Petros aprove o pagamento dos milionários superbonus para a direção da Petros.