Rumo à reconstrução

Passados mais de 100 dias de governo Lula, a Petrobrás finalmente tem uma nova gestão

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

“Teremos a partir de maio uma nova alta administração na Petrobrás, com mudanças na estrutura organizacional e na política da empresa, com novo planejamento estratégico, voltado para as necessidades de desenvolvimento do país e interesses do povo brasileiro”, comemora o coodenador geral da FUP, Deyvid Bacelar

[Da comunicação da FUP]

Após a Assembleia Geral Ordinária (AGO) dos acionistas da Petrobrás aprovar nesta quinta-feira, 27,  a nova estrutura organizacional da empresa e eleger os integrantes do Conselho de Administração (CA), a estatal, finalmente, inicia uma nova gestão. A decisão acontece mais de 100 dias após o início do governo Lula e é a sinalização para a reconstrução da maior estatal brasileira.

“Com a eleição de novos integrantes do conselho de administração, o governo Lula completa a troca do comando na Petrobrás, iniciando, assim, efetivamente, uma nova gestão na maior empresa do país”, comemorou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Segundo ele, o momento é muito importante, pois reacende a expectativa e confiança de transformações estruturais e estratégias na Petrobrás. “Finalmente, teremos, a partir de maio, uma nova alta administração na Petrobrás, com mudanças na estrutura organizacional e na política da empresa, com novo planejamento estratégico, voltado para as necessidades de desenvolvimento do país e interesses do povo brasileiro”, comentou Bacelar.

Ele ressaltou o equilíbrio do presidente da Petrobrás,  Jean Paul Prates, que, “vem buscando construir consenso e negociações internas para viabilizar  a gestão da empresa” e destacou a aprovação de Bruno Moretti e de Sergio Machado Rezende para o CA da empresa. “Vão poder dar grande contribuição à empresa”, avaliou.

Bacelar também elogiou a nova estrutura organizacional da Petrobrás, ressaltando a importância da criação da diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade, que será ocupada por Mauricio Tolmasquim. Ela terá, na sua área, as gerências executivas de Gás e Energia e de Mudança Climática e Descarbonização. “Um caminho para preparar a companhia para a transição energética com a criação de área focada no tema” disse Bacelar.

Outra decisão importante da AGO foi a rejeição da proposta de reajuste de 43,8% na remuneração fixa da diretoria executiva, que havia sido aprovada em março por bolsonaristas que integravam o antigo CA da Petrobrás.

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O coordenador da FUP lembra que a tentativa de aumentar em quase 44% os salários dos administradores da empresa ocorreu no âmbito do CA, sem passar previamente pela diretoria executiva da empresa, que já estava sob o comando de Jean Paul Prates. “Parece que pretendiam prejudicar a imagem do novo presidente”, diz Bacelar.

O governo Lula interveio e orientou os indicados da União a apresentarem à AGO nova proposta recomendada pela Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais), que reduziu de 43,88% para 9% o reajuste da diretoria executiva.