Ainda no cargo de presidente da Petrobrás, ele participou da primeira reunião do secretariado do governo do estado de São Paulo, na segunda-feira, 02. Seu nome, inclusive, já constava no portal oficial do governo, como novo secretário de Gestão e Governo Digital
[Da comunicação da FUP]
Em nota à imprensa, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) questiona atitude de Caio Paes de Andrade, que, ainda na condição de presidente da Petrobrás, ou seja, antes de renunciar ao posto, participou, no dia 2 de janeiro, de reunião de secretários do governo de São Paulo, como titular da Secretaria de Gestão e Governo Digital, cargo para o qual foi convidado pelo governador Tarcísio de Freitas, aliado e apoiador de Jair Bolsonaro.
“A atitude é antiética e, por isso, lamentável”, observou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. Para o presidente da Anapetro (associação que reúne petroleiros acionistas minoritários da Petrobrás), Mário Dal Zot, é importante ficar atento para que o presidente interino da Petrobrás, João Henrique Rittershaussen, até então diretor executivo de desenvolvimento da produção, não tome decisões estratégicas que contrariem interesses da empresa, como privatizações, distribuição de megadividendos, política de preço de combustíveis.
Entenda os fatos
02 de janeiro (segunda) – Caio Paes de Andrade, ainda no cargo de presidente da Petrobrás, participa da reunião do secretariado do governo do estado de São Paulo. Seu nome, inclusive, passou a constar no portal oficial do governo, como integrante do Secretarido e descrito como “atual presidente da Petrobrás”.
03 de janeiro (terça) – Petrobrás divulga Fato Relevante, comunicando o recebimento do ofício do Ministério das Minas e Energia com a indicação de Jean Paul Prates para a Presidência da empresa.
04 de janeiro (quarta) – Petrobrás divulga Fato Relevante informando o desligamento de Paes de Andrade da Presidência da empresa e do Consellho de Administação.
A FUP quer saber por que Paes de Andrade participou de reunião do secretariado do governo do Estado de São Paulo sem se desligar do cargo de presidente da Petrobrás e sem comunicar ao mercado a sua saída? Que interesses estão por trás dessa atitude?
