EFEITOS DA PRIVATIZAÇÃO

Órgãos ambientais da Bahia vistoriam Refinaria de Mataripe, após incidente grave que paralisou a unidade

Foto: Reprodução da internet

Segundo os sites de notícias da Bahia, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) enviaram nesta quinta-feira, 05, uma equipe para averiguar eventuais inadequações ambientais na Refinaria de Mataripe. Ontem (4), as atividades no local foram interrompidas por conta de um grave incidente no sistema de ar comprimido do local.

Imagens gravadas pelos trabalhadores mostram o momento da evacuação e as chamas na refinaria:

O Inema fez o seguinte comunicado: “Imediatamente o Instituto acionou a equipe do Plantão de Emergências Químicas e Ambientais para averiguar possíveis inadequações ambientais, bem como assegurar o efetivo cumprimento do monitoramento ambiental atmosférico pela referida empresa, de suma importância neste momento. Após o ocorrido, já foi possível verificar pela equipe técnica, uma normalidade visual no flare.”

O site de notícias, Correio 24 Horas, informou que a “empresa ainda terá 48 horas para apresentar o Relatório Preliminar e até 15 dias para apresentar o Relatório Conclusivo do evento, nos termos do Art. 37 do Decreto Estadual Nº 14.024/2012, regulamento da Lei Nº 10.431/2006”.

Nas redes sociais, o Sindipetro Bahia denunciou a gravidade da ocorrência, afirmando que  “a situação pode prejudicar o abastecimento de derivados, provocando a falta deles em todo estado, prejudicando a comunidade e até mesmo o contingenciamento”.

Veja a íntegra da nota e o vídeo do diretor do sindicato, Jailton Andrade:

Após pouco mais de um ano da privatização da Refinaria Landulpho Alves da Petrobrás, que foi vendida ao grupo Mubadala pelo governo Bolsonaro, a Acelen assume a operação da refinaria usando equipe própria, e o resultado disso são os diversos problemas operacionais que estão acontecendo na unidade, ao ponto de por em risco a vida dos trabalhadores próprios e terceirizados, o meio ambiente, as comunidades próximas e também a própria produção dos derivados.

A refinaria foi paralisada por mais um incidente. Mais um erro operacional que para toda refinaria. A situação pode prejudicar o abastecimento de derivados, provocando a falta deles em todo estado, prejudicando a comunidade e até mesmo o contingenciamento.

É uma situação grave que foi amplamente discutida e denunciada pelo Sindipetro Bahia, de que os trabalhadores da Acelen infelizmente não estão devidamente preparados, e a empresa coloca em risco esses que foram contratados recentemente.

Na avaliação do nosso sindicato, a transição com a Petrobrás e seus trabalhadores não deveria ter sido interrompida de forma abrupta por iniciativa da Acelen como aconteceu agora em janeiro. O Sindipetro já tinha alertado, chamando a atenção da empresa e de órgãos como o Ministério Público do Trabalho e INEMA de que isso poderia ocorrer.