‘O gás tá caro? A culpa é de Bolsonaro’, alertam petroleiros nos atos deste sábado

Categoria chama a atenção nos atos ‘Fora Bolsonaro’ com botijões de gás gigantes, em protesto contra o preço absurdo dos combustíveis e as privatizações no Sistema Petrobras

[Da imprensa da FUP | Última atualização: 18h05]

A FUP e seus sindicatos voltaram às ruas neste sábado, 02, nas manifestações “Fora Bolsonaro”, denunciando as privatizações no Sistema Petrobrás e o preço abusivo do gás de cozinha, da gasolina e do óleo diesel, que dispararam por culpa da política de preços do governo, que obriga a população a pagar em dólar pelos combustíveis, mesmo o Brasil sendo autossuficiente na produção de petróleo.

Nos atos do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, Salvador e de São Paulo, os petroleiros estão nas ruas com botijões gigantes infláveis, em protesto pelo preço abusivo do gás de cozinha, que já aumentou 87% nas refinarias da Petrobrás, desde o início do governo Bolsonaro, chegando a ser comercializado em algumas regiões do país por R$ 120,00.

A frase “Tá caro? Culpa do Bolsonaro!”, estampada nos botijões de gás infláveis de cerca de cinco metros de altura, chama a atenção para os verdadeiros responsáveis pelo aumento descontrolado do preço dos combustíveis.

Sob o comando do governo Bolsonaro, a Petrobrás, além de reajustar em 87% o gás de cozinha nas refinarias, aumentou a gasolina em 80% e o diesel, em 66,1%, fazendo disparar o preço dos alimentos e do transporte. Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses já passou dos 10% (IPCA-15/IBGE), pesando no bolso dos trabalhadores e aumentando ainda mais o custo de vida e a pobreza.

Dados do Cadastro Único do governo federal mostram que cerca de 20% da população brasileira sobrevivem na extrema pobreza, com até R$ 89,00 por mês. São 41,1 milhões de pessoas vivendo assim, ou seja, em situação de insegurança alimentar, o que fez o Brasil voltar a ser incluído no Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU), lista de países em que 5% ou mais da população passam fome.

Só nos últimos dois anos, o número de brasileiros em insegurança alimentar saltou de 10,3 milhões para 19,1 milhões, segundo estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar. O Brasil havia saído do Mapa da Fome em 2014.

“A população brasileira está entendendo que a luta para que a Petrobrás garanta gás de cozinha e combustíveis a preço justo vai além da categoria petroleira. Quem está nas ruas agora é o povo sofrido, que não aguenta mais entrar em fila para comprar ossos e resto de arroz e feijão, restos que antes eram descartados e agora se tornaram a única fonte de alimentação de muita gente neste país. E por causa da política de preço de Bolsonaro, tem gente usando lenha e até álcool para cozinhar, tem gente morrendo queimada por causa disso!”, explica o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Os petroleiros participam dos atos “Fora Bolsonaro” em diversas capitais e cidades do país, de Norte a Sul. Confira:

Atos pela manhã

Rio de Janeiro (RJ), Macaé (RJ), Rio das Ostras (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ), Salvador (BA), Feira de Santana (BA),  Alagoinhas (BA), Mossoró (RN), Recife (PE), Joinville (SC)

Atos pela tarde

São Paulo (SP), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), São Mateus do Sul (PR)