O Código Russo: Ascenção e queda de Sérgio Moro recontadas em podcast da Carta Capital

O diretor de Comunicação da FUP, Tadeu Porto [@tadeuporto], é um dos entrevistados do primeiro episódio do podcast O Código Russo, parceria da produtora Half Deaf com a revista Carta Capital. O programa estreou na quarta-feira, 21, sob a batuta dos podcasters Orlando Calheiros [@AnarcoFino], do Benzina, e Alcysio Canette [@alcysio], do Lado B do Rio.

O Código Russo, como o nome já adianta, mergulha nas origens e na forma metódica de trabalho do ex-juiz federal, Sérgio Moro, que através de condutas arbitrárias e sentenças parciais expedidas durante o julgamento das ações da Operação Lava Jato, angariou capital político que o levou a assumir o posto de “superministro da Justiça”, no governo Bolsonaro. Ao longo de seis episódios, o podcast irá reconstituir e analisar a ascensão e a queda de Moro e os reflexos de suas ações na história recente do país.

O episódio de estreia chama a atenção para a devastação que a operação Lava Jato causou na economia e na indústria brasileira, através de acordos que salvaguardaram empreiteiros, mas inviabilizaram as empresas do setor de engenharia, que amargaram imensos prejuízos, entre 2015 e 2018, resultando no fechamento de quase um milhão de postos de trabalho, o que representou 40% das demissões ocorridas no país durante o período. A Petrobrás e sua cadeia de produção foram fortemente atingidas. Em 2013, a estatal investiu 48 bilhões de dólares no país, montante que despencou para menos de 10 bilhões de dólares em 2020.

O diretor da FUP, Tadeu Porto, chama a atenção para o fato da Petrobrás, após o golpe de 2016, que foi resultado direto da Lava Jato, passar a ser gerida pelo mercado, de forma especulativa, atendendo única e exclusivamente aos interesses dos acionistas privados, enquanto a população amarga os prejuízos das privatizações e desinvestimentos, como a disparada nos preços de gasolina, diesel e gás de cozinha. “Hoje a Petrobrás está arrancando dinheiro do povo brasileiro”, afirmou o petroleiro, destacando que o capital financeiro que circula na indústria de petróleo é para exorquir o setor. Como os grandes fundos estão entrando no mundo do petróleo, quem vive da especulação, quer previsibilidade para ganhar dinheiro. Eles querem que as oscilações do barril de petróleo reverberem no capital especulativo brasileiro também”.

Ouça abaixo a íntegra do episódio:

[Imprensa da FUP]