Em artigo, o coordenador da FUP, Deyvid Bacelar, questiona ataques de lavajatistas a um dos candidatos que disputa o comando da Petros e alerta que a escolha do novo presidente da Fundação será determinante na busca da solução para os equacionamentos dos PPSPs e para a sustentabilidade não só desses planos, como também do PP2 e do PP3
Por Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP
Não podemos permitir que a Petros reedite a narrativa dos lavajatistas que destruíram a economia do país e abalaram profundamente a credibilidade das entidades fechadas de Previdência Complementar.
É preciso colocar na Presidência da Petros quem tem compromisso com os participantes e assistidos e não com o mercado financeiro. O novo presidente da Fundação será fundamental na busca da solução para os equacionamentos dos Planos de Previdência do Sistema Petrobrás e a garantia da sustentabilidade dos planos que a Petros administra, principalmente os PPSPs pré 70, PP2 e PP3.
Importante lembrar que durante os governos Temer e Bolsonaro, os dirigentes da Petros foram recrutados no mercado. O discurso era que a entidade precisaria de gestores com capacidade técnica.
Passados sete anos, esses mesmos gestores acabaram com o atendimento presencial dos participantes e assistidos, deixaram os funcionários da Fundação sem Acordo Coletivo, demitiram profissionais experientes, aumentaram o custo com a contratação de consultorias, amargaram péssimos resultados nos investimentos (abaixo, inclusive, de outras fundações de estatais), impuseram sucessivos equacionamentos para os nossos planos, receberam bônus milionários e deixaram a Petros à deriva.
Todos nós sabemos que os gestores encaminhados pelo mercado tinham por missão tentar criminalizar os ex-dirigentes da Fundação, agindo em conluio com as operações Lava Jato e Greenfield.
Gastaram milhões para apurar essas denúncias, utilizando consultorias e funcionários da Petros, sob a alegação de que recuperariam recursos para os fundos de previdência da entidade e, no entanto, só amargaram gastos e mais gastos, às custas do patrimônio dos participantes e assistidos.
Mesmo que fossem recuperados os supostos valores que foram alvo das onerosas investigações e apurações conduzidas, ainda assim não resultariam em aumento significativo para o patrimônio da nossa Fundação.
Esses fatos, por si só, já seriam suficientes para demonstrar que a contratação de profissionais de mercado, sem compromisso com o futuro da Petros e dos seus planos, não interessa aos participantes e assistidos.
Mesmo assim, ainda há alguns participantes e assistidos que se utilizam de entidades fantasmas para tentar desqualificar um dos candidatos à Presidência da Petros que reúne competência técnica para comandar a entidade e compromisso com o futuro dos nosso fundo de pensão.
Essas entidades de fachada fazem a ilação de que o candidato que disputa o retorno à Presidência da Petros responde a um processo judicial referente ao mandato que exerceu, quando o que existe de fato é uma ação impetrada pela diretoria lavajatista da Petros para prevenir uma suposta prescrição em relação a um eventual processo que pudesse surgir contra ele. No entanto, apesar de toda a devassa que fizeram, nenhuma irregularidade foi identificada.
A realidade concreta é que esse candidato não responde a qualquer processo que deponha contra a sua gestão anterior na Petros. Pelo contrário: o que todos sabem é que ele foi o único que teve coragem de tirar alguns “esqueletos do armário”, ao se recusar a empurrar problemas para outras gestões, “jogando a sujeira para debaixo do tapete”.
Um desses “esqueletos” foi a identificação de um erro no sistema de cálculo e concessão de benefício do então PPSP, referente ao teto operacional de 90%. Ao tomar conhecimento do fato, ele determinou a correção do problema, o que aumentou o passivo previdenciário do plano em R$ 3,5 bilhões, conforme registrado no balanço de 2015. Esse valor, corrigido, representou em 31/12/2022 R$ 6,94 bilhões no passivo dos atuais PPSPs.
Outra ação resultante de “esqueletos retirados do armário” foi a correção do cálculo da composição familiar do então PPSP, que passou a ser feito conforme a Família Real, ao invés da Família Padrão. Essa alteração aumentou o passivo do plano em R$ 5,2 bilhões no balanço de 2015, que, corrigidos, passaram para R$ 10,31 bilhões em 31/12/2022.
Além disso, esse mesmo candidato que está sendo atacado por lavajatistas foi o único presidente da Petros que ingressou com uma ação judicial (no valor de R$ 800 milhões) contra uma empresa patrocinadora, baseado no cumprimento do inciso VIII do artigo 48 do Plano Petros da Ultrafertil, oriundo da separação de massas, em 2002, no então Plano Petros.
Portanto, tudo indica que, ao contrário das ilações e mentiras disseminadas pelos apoiadores da Lava Jato, esse é o perfil de gestor que precisamos na Presidência da Petros.
Não caia em fake news divulgadas por uma entidade fantasma, denominada NCP – cujo “criador e líder” foi expulso da direção do Sindipetro-BA por apropriação indébita de recursos e responde a vários processos criminais por calunia e difamação, alguns, inclusive, com condenação em primeira instância.
Da mesma forma, alertamos que é muita ingenuidade acreditar nas boas intenções de uma outra entidade fantasma, denominada Sinprev, que se auto intitula sindicato, mas não tem qualquer vínculo de representante sindical e não elege nem mesmo a sua diretoria.
Os participantes e assistidos da Petros não podem, portanto, se deixar enganar por discursos inflamados de oportunistas que reproduzem a mesma narrativa e modus operandi lavajatista: acusam sem provas, mentem e distorcem fatos.
Esperamos que até a próxima semana, o Conselho Deliberativo da Petros nomeie o nome mais adequado para a Presidência da nossa Fundação e que possamos avançar na construção de uma solução negociada para os equacionamentos atuais e futuros dos PPSPs.