Além de atentar contra a soberania nacional, a venda da Usina do Xisto com preço subestimado é mais um crime de lesa-pátria da gestão bolsonarista da Petrobrás, com prejuízos gigantescos para a empresa e o país. O Sindipetro PR e SC denuncia os acordos suspeitos fechados pelos gestores da Petrobrás às vésperas do anúncio de entrega da SIX
[Da imprensa do Sindipetro PR e SC]
A gestão bolsonarista da Petrobrás anunciou no início da noite desta quinta-feira (11) a assinatura do contrato para a venda da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), localizada em São Mateus do Sul, por US$ 33 milhões (R$ 178,8 milhões), com o grupo canadense Forbes & Manhattan Resources Inc.
A sanha do governo e gestores da direção da estatal em destruir a empresa é tão grande que o valor da venda da SIX não chega à metade do que a Petrobrás vai desembolsar no acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para sanar as dívidas relativas ao não recolhimento de royalties sobre as atividades de lavra do xisto durante o período entre 2002 e 2012. A companhia concordou em fazer o pagamento de R$ 564 milhões para solucionar a questão.
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Além do preço subestimado, o contrato firmado com os canadenses obriga a Petrobrás a comprar toda a nafta de xisto produzida na unidade por 15 anos, a enviar todo o lastro (borra de tanques de refinarias) para processamento na SIX por 12 anos e ainda a assumir o passivo ambiental identificado. A mina, por sua vez, foi cedida em comodato, ou seja, depois de 2034 a Petrobrás assumirá o passivo ambiental remanescente. Os absurdos não param por aí. O contrato ainda obriga a companhia a alugar a planta de pesquisa da unidade.
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Há tempos o Sindipetro Paraná e Santa Catarina denuncia toda a negociata e interesses escusos que envolvem a venda da SIX. A audiência pública sobre a dívida dos royalties, realizada pela ANP na tarde da última terça-feira (09), deixou evidente quem são os atores locais que estão diretamente envolvidos neste crime de lesa-pátria. Descarados, ainda atacaram as famílias são mateuenses de petroleiros. O tempo é senhor da razão e as patifarias da negociata, tais como lixo alçado ao mar, virão à tona.
Apesar do anúncio, a venda da SIX não foi concretizada e a luta contra essa entrega do patrimônio nacional vai continuar. Ainda há um longo caminho até o fechamento definitivo do negócio e o Sindicato, junto com toda a categoria petroleira, atuará em todas as frentes de batalha para impedir que a história da Usina do Xisto seja interrompida nos seus 67 anos.
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