As negociações por um novo regramento para o pagamento da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) dos empregados do sistema Petrobrás começam no próximo dia 17, em reunião entre a FUP (Federação Única dos Petroleiros) e a gestão da companhia. A informação foi dada, na noite de ontem, pela diretora da FUP, Cibele Vieira, no programa NF ao vivo.
“A primeira reunião com a Petrobrás sobre a PLR será dia 17, na semana que vem. Neste momento nós estamos nas reuniões preparativas, internas das direções dos sindicatos e da FUP, para preparar o material”, disse Cibele, que lembrou que, para a Petrobrás, a negociação é de regras para o pagamento da PLR 2023 em 2024, mas os trabalhadores não entendem que tem que ser necessáriamente deste modo, já que, para os acionistas, a empresa está adiantando, em 2022, o pagamento de dividendos de 2023.
A diretora, assim como os demais participantes do programa, mostraram que as negociações da PLR são, como as demais, muito mais políticas do que técnicas, dependendo do poder de organização e mobilização dos trabalhadores e da conjuntura nacional. A sindicalista avalia, por exemplo, que esta retomada de uma discussão de regras tem muita relação com o resultado da eleição presidencial, que promove uma mudança de cenário na empresa.
A discussão da PLR acontece em um momento em que a gestão da Petrobrás tensiona a categoria pelo recebimento de valores referentes a um programa unilateral de premiação, o chamado PPP, que a a FUP e seus sindicatos consideram ilegal e obtiveram, na Justiça, decisão em segunda instância pela sua suspensão.
“Na mesa de negociação, o que a gente vai discutir é a regra da PLR […]. A gente não discute regra de PPP, até porque ele veio substituir na prática a PLR. Para gente, o que tem que acontecer é pegar essa verba retida e colocar na PLR, igual era antes”, explica Cibele.
O programa também contou com as participações do diretor do Sindipetro-NF, Rafael Crespo, e do economista do Dieese-NF, Carlos Takashi, na conversa moderada pelo jornalista Vitor Menezes e pelo diretor do Sindipetro-NF, Guilherme Cordeiro. O diretor Marcelo Nunes, que participaria desta edição, testou positivo para Covid-19.
Foram tiradas dúvidas sobre como fica o pagamento de PPP nesta luta pela PLR, o histórico da ação jurídica, os dados do Dieese e as avaliações sobre o início das negociações neste momento de final do governo Bolsonaro e de expectativas em relação ao futuro governo Lula.
Confira a íntegra do programa
[Por Sindipetro NF]