Reconstrução

Lula afirma que este é o “ano da colheita” e celebra com trabalhadores a retomada das obras de ampliação da Refinaria Abreu e Lima

Foto: Ricardo Stuckert

Coordenador da FUP diz que lavajatistas cometeram crime contra o Brasil e precisam pagar por isso

[Por Alessandra Murteira, da imprensa da FUP]

No ano em que a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, completa 10 anos de operação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu a largada nas obras de ampliação e modernização da unidade. Ao lado do presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, e de representantes dos trabalhadores, ele comemorou a retomada das obras do trem 2, que foram paralisadas durante a operação Lava Jato.

A refinaria, que chegou a ser colocada à venda no governo Bolsonaro, tem capacidade para transformar 70% do petróleo processado em diesel e as obras de ampliação e modernização do primeiro trem e de construção do trem 2 transformarão a unidade na segunda maior refinaria do Brasil e na principal produtora de diesel renovável, 100% de origem vegetal.

Segundo a Petrobrás, a capacidade de processamento dobrará, saltando dos atuais 115 mil barris diários para 260 mil. A estimativa é de que sejam investidos de 6 a 8 bilhões de reais nas obras, gerando 30 mil empregos diretos e indiretos.

“Esse é um dia histórico, é um dia muito importante para Pernambuco, muito importante para a Petrobrás e muito importante para o povo brasileiro e para mim”, declarou o presidente Lula, bastante emocionado. Ele explicou que o seu primeiro ano de governo foi de arrumar a casa, “foi o ano de limpar o terreno e plantar coisas novas, esse ano é o ano da colheita e o primeiro fruto que estamos colhendo é a operação da Rnest”, afirmou.

Lula mandou o recado para Prates: “você tem que descobrir cada funcionário que foi demitido daqui e traga ele de volta pra cá”. Foto: Ricardo Stuckert

“É preciso saber quanto dinheiro esse país perdeu nesses dez anos de atraso dessa empresa, quanto salário deixou de ser pago, quanto que esse pais perdeu em competição tecnológica”, afirmou, mandando o recado para o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates: “você tem que descobrir cada funcionário que foi demitido daqui e traga ele de volta pra cá… o nosso lema é ninguém solta a mão de ninguém e ninguém deixa um companheiro para trás”.

Bacelar: “Lavajatistas cometeram crime contra o Brasil e precisam pagar por isso”

Durante a cerimônia, o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, fez um pronunciamento em nome dos trabalhadores e dividiu a fala com o presidente do Sindipetro PE/PB, Sinésio Pontes, que homenageou o petroleiro Luiz Lourenzon, ex-diretor da FUP e ex-presidente do Sindicato, que faleceu em 20 de abril de 2023.

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“Estamos vendo aqui a realização de um sonho, que tentou ser destruído pela operação Lava Jato e que teve, infelizmente, o apoio de alguns brasileiros e brasileiras. Essa obra ficou paralisada por anos, um crime contra a nossa Petrobrás, um crime contra o Brasil e, com certeza, os que cometeram esse crime e outros crimes, inclusive contra o presidente Lula, pagarão por isso”, declarou Bacelar.

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O coordenador da FUP lembrou que esse sonho só está sendo realizado agora “porque houve muita luta, principalmente dos trabalhadores e trabalhadoras, que fizeram atos, paralisações e greves”, destacando a segunda maior greve da história da categoria petroleira, em fevereiro de 2020, quando ele e outras lideranças ocuparam a sede da Petrobrás e a categoria paralisou as atividades em todo o Brasil por 21 dias.

“Sem dúvida alguma, é motivo de nós trabalhadores e trabalhadoras, comemorarmos a volta dessa grande refinaria”, afirmou Deyvid, ressaltando que a categoria petroleira tem perspectivas importantes a partir da ampliação e modernização da Refinaria Abreu e Lima, lembrando que há outras refinarias importantes do Nordeste que precisam ser recuperadas pela Petrobrás, como a Rlam (Bahia) e a Refinaria Clara Camarão (RN), que foram privatizadas no governo Bolsonaro, e a Lubnor (CE), cuja venda foi cancelada.

O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, destacou em sua fala que a Abreu e Lima é o retrato da superação, “é a refinaria da volta por cima, do grau máximo de resiliência, de resistência, de capacidade de superação”. Ele frisou que a unidade será fundamental para a transição energética, “uma refinaria do futuro, que vai produzir diesel renovável a 100% de origem vegetal”.

Veja a íntegra da fala do coordenador da FUP:

 

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