Na segunda reunião do Grupo de Trabalho sobre efetivos, realizada nesta quarta-feira (10), representantes da FUP e do Sistema Petrobrás avançaram na discussão sobre a necessidade de acelerar a recomposição dos quadros próprios da empresa, via concursos públicos, e na construção de uma solução negociada para os casos críticos de trabalhadores que foram transferidos de forma compulsória.
A Petrobrás apresentou uma proposta de questionário para ouvir os empregados transferidos e seus respectivos gestores sobre as principais questões enfrentadas na adaptação. A FUP fez uma série de sugestões, cobrando que a pesquisa vá além da ambiência no local de trabalho e aborde também questões como impactos familiares e sociais decorrentes da mudança de estado.
O GT discutiu ainda um fluxo de resolução para os casos críticos de transferência que estejam impactando a saúde física e mental dos trabalhadores. Esse ponto continuará sendo tratado na próxima semana, com propostas para priorizar soluções imediatas para esses empregados.
Outra pauta discutida foi a recomposição dos efetivos via realização de concursos públicos. A Petrobrás apresentou dados dos últimos concursos realizados, entre eles o de nível médio que está em andamento, cujas provas aconteceram no dia 30 de abril. A empresa informou que o objetivo é preencher 373 vagas imediatas e 746 para cadastro de reserva, destacando que o foco inicial é para o Campo de Búzios, mas o concurso tem abrangência nacional.
Como a homologação final está prevista para julho, a FUP cobrou que todos os aprovados sejam convocados, inclusive o cadastro de reserva, dada a urgência de recomposição dos efetivos. As representações sindicais questionaram o número reduzido de vagas e cobraram que o GT formalize junto à Diretoria Executiva a reivindicação de convocação de novos concursos públicos, tanto para a Petrobrás, quanto para a Transpetro.
Uma das preocupações apontadas pela FUP foi em relação à perda de conhecimento, em função da evasão de trabalhadores, principalmente de nível técnico, que aderiram aos planos de desligamento. “Há déficits de efetivos em todas as áreas, mas principalmente, de nível técnico. É fundamental a contratação de todos os concursados aprovados e a abertura imediata de novos concursos para que os empregados que estão saindo nos PDVs possam repassar o conhecimento para os concursados que estiverem chegando”, afirmou a diretora da FUP, Míriam Cabrera.
Os representantes sindicais cobraram que a Transpetro também apresente dados relacionados a efetivos e fluxos de transferências, ressaltando que tudo o que está sendo negociado com a holding deve ser estendido às suas ubsidiárias. A próxima reunião do GT acontece no dia 17 de maio.
[Imprensa da FUP]