Em reunião nesta segunda-feira (18) do GT que acompanha o teletrabalho na Petrobrás, representantes da FUP e dos sindicatos questionaram o retrocesso no posicionamento dos gestores da empresa na mesa de negociação. Se na reunião anterior, realizada em fevereiro, o RH havia sinalizado disposição para o diálogo e uma abertura maior às reivindicações dos trabalhadores, nesta segunda a postura dos gerentes da Petrobrás foi oposta.
A empresa desconsiderou todo os pontos de pauta apresentados pela representação sindical na última reunião do GT de Teletrabalho, retomando a postura de deixar rodar a regra atual para depois ir adequando o que for necessário, sem considerar o impacto concreto que isso terá na vida dos trabalhadores. A FUP criticou a falta de disposição da gestão da Petrobrás para o diálogo e cobrou novamente previsibilidade para quem está em teletrabalho e cuja escala de dias de trabalho remoto e de dias de trabalho presencial continua sob o controle exclusivo dos gerentes, que podem alterá-la sem qualquer antecedência.
A gestão da empresa, no entanto, continua intransigente, insistindo em manter as regras atuais do teletrabalho, que foram estabelecidas unilateralmente, sem atender as propostas aprovadas pela categoria, nem considerar a opinião expressa pelos trabalhadores na pesquisa feita pela FUP. A pesquisa foi realizada entre agosto e setembro de 2020 e contou com a participação de 1.242 petroleiros e petroleiras.
A FUP tornou a reforçar a necessidade de haver um olhar diferente para trabalhores que tenha alguma necessidade especial de saúde ou que tenham dependentes nessa condição, além de questionar como ficarão as compensações dos feriados para quem ficou em teletrabalho integral durante a pandemia.
[Da imprensa da FUP]