As manifestações contaram com participação de lideranças sindicais petroleiras em várias regiões do país
[Da imprensa da FUP, com informações da Rede Brasil Atual]
Milhares de pessoas tomaram as ruas do país nesta quinta-feira, 7 de setembro, para a 29ª edição do Grito dos Excluídos e das Excluídas. Mais uma vez, a manifestação no Dia da Independência fez ecoar a voz de pessoas e organizações marginalizadas.
O mote central foi “Você tem fome e sede de quê?”, chamando a atenção para a fome que o povo brasileiro voltou a enfrentar, após o golpe de 2016, que desmontou políticas públicas fundamentais para a população. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70,3 milhões de brasileiros vivem algum tipo de insegurança alimentar e outros 21 milhões não têm o que comer todos os dias.
Outra reivindicação que marcou o primeiro Grito dos Excluídos após o fim do governo Bolsonaro foi a sua responsabilização por envolvimento nos crimes diversos, pelos quais é acusado e terá que responder.
As manifestações contaram com participação de lideranças sindicais petroleiras em várias regiões do país. O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, esteve presente ao ato no Rio de Janeiro, que reuniu milhares de pessoas no Centro da capital fluminense.
O Grito dos Excluídos no Rio de Janeiro denunciou também o extermínio de jovens pretos e favelados por operações da Polícia Militar. Dados da plataforma Fogo Cruzado mostram que 16 crianças foram baleadas na região metropolitana do Rio, em 2023. Dessas, sete morreram.
Em São Paulo, a diretora da FUP e coordenadora do Sindipetro Unificado, Cibele Vieira, denunciou o desmonte promovido pelo governo de Tarcísio de Freitas, de cunho bolsonarista. Ela criticou a privatização da Sabesp, do Metrô e da CPTM e afirmou que só há independência com soberania nacional.
Ver essa foto no Instagram
Uma publicação compartilhada por Sindipetro Unificado (@sindipetro_unificado)
Os manifestantes se reuniram no Monumento às Bandeiras, nas proximidades da Assembleia Legislativa e do Parque Ibirapuera. Várias faixas foram estendidas com frases como: “Independência sem direitos não é independência, é morte”. Antes de começar a caminhada, uma liderança do movimento afirmou que os movimentos de base não estão adormecidos.