Greves de 2021

Em plena pandemia da Covid-19, a gestão da Petrobrás, sob o comando do governo de Jair Bolsonaro, colocou à venda diversos ativos estratégicos, incluindo metade do parque de refino da empresa. A primeira refinaria a ser privatizada foi a Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, o que desencadeou uma série de paralisações da categoria petroleira ao longo de 2021.

No dia 05 de março, os petroleiros deflagraram uma greve nacional, que teve início em quatro estados – Bahia, Amazonas, Espírito Santo e São Paulo – e foi ganhando adesão pelo país afora, mobilizando, principalmente, os trabalhadores das unidades ameaçadas de privatização.

O movimento durou até 04 de abril, atraindo trabalhadores de diversas outras bases, que atenderam ao chamado da FUP de uma greve sanitária, em defesa da vida e contra a negligência da gestão da Petrobrás no combate à pandemia da Covid-19.

Assim como o governo Bolsonaro, a gestão do então presidente Castello Branco foi marcada pelo negacionismo, ao se recusar a cumprir as recomendações, normas e protocolos de segurança dos órgãos de saúde e de fiscalização, como o Ministério Público do Trabalho, a Fiocruz e a Agência Nacional de Petróleo.

No dia 20 de maio, uma nova greve foi protagonizada pelos trabalhadores da Petrobrás Biocombustível (PBio), que realizaram uma luta histórica contra a privatização da subsidiária. A greve se estendeu até 03 de junho, com adesão integral dos petroleiros das usinas de Minas Gerais e da Bahia e da sede do Rio de Janeiro.