Gás e feijão, fuzil não: Ação solidária da FUP e sindicatos terá distribuição de feijão, em protesto à provocação de Bolsonaro

Nesta quinta-feira, 02, a FUP, o Sindipetro NF e o Sindipetro Duque de Caxias promovem nova ação do gás de cozinha a preço justo na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Serão vendidos 350 botijões de gás a R$ 50,00 e  doados 350 quilos de feijão, em protesto à declaração do presidente Jair Bolsonaro, que recentemente chamou de “idiotas” quem defende comprar feijão em vez de fuzil

[Da Assessoria de Comunicação da FUP | Foto: Daniela Decorso]

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e os Sindicatos dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e de Duque de Caxias (Sindipetro Caxias) realizam nesta quinta-feira, 2/9, a partir das 11h, uma nova edição da ação do gás de cozinha a preço justo. Além da venda do produto a preço módico, os petroleiros vão doar um quilo de feijão a cada comprador.

Desta vez, a promoção irá ocorrer na comunidade da Carobinha, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (veja mais detalhes abaixo). Serão 350 botijões de gás vendidos por R$ 50 cada, e 350 quilos de feijão distribuídos. A oferta será feita respeitando as regras dos organismos de saúde para evitar o contágio por Covid-19, com o uso de máscaras, a disponibilização de álcool em gel e medidas de distanciamento.

Além do benefício aos compradores, a ação busca dialogar com a população sobre os prejuízos da política de reajustes dos combustíveis baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela gestão da Petrobrás desde outubro de 2016. Essa política considera o preço do petróleo no mercado internacional, a cotação do dólar e os custos de importação. E impacta não apenas o valor dos derivados de petróleo, como gás de cozinha, óleo diesel e gasolina, mas também os preços dos alimentos, transportes e demais itens, num efeito cascata com forte impacto sobre a inflação.

Os consumidores, sobretudo os mais pobres, vêm sentindo bastante os efeitos da política de reajustes dos combustíveis da gestão da Petrobrás. Segundo dados da própria empresa, o gás de cozinha já acumula um aumento de 38,1% em 2021.

“Tem gente usando lenha e até álcool para cozinhar. Esses reajustes que a gestão da Petrobrás vem aplicando não apenas no gás de cozinha, mas também no óleo diesel e na gasolina podem ser evitados. Basta a empresa parar de usar somente a cotação do petróleo e do dólar e os custos de importação, e considerar também os custos nacionais de produção. Afinal, 90% dos derivados de petróleo que a gente consome são produzidos no Brasil, em refinarias da Petrobrás. E a empresa utiliza majoritariamente petróleo nacional, que ela mesma produz aqui”, explica o coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar.

O tema da ação desta quinta – “Gás e feijão, fuzil não!” – é uma alusão ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que recentemente chamou de “idiotas” quem dizia ser melhor comprar feijão a comprar fuzil. Isto num país em que quase 20 milhões de pessoas estão passando fome, há quase 15 milhões de desempregados e os preços de produtos essenciais à sobrevivência não param de subir, sem qualquer ação do governo federal para resolver essa tragédia socioeconômica.

SERVIÇO

Ação do gás de cozinha a preço justo – Gás e feijão, fuzil não!

DIA: Quinta-feira, 2/9

HORÁRIO: A partir das 11h

LOCAL: Estrada da Carobinha, 470, Campo Grande