Questão de tempo e segurança

FUP volta a cobrar o pagamento da Hora Extra da Troca de Turno

FUP volta a cobrar à Petrobrás e suas subsidiárias o retorno do pagamento da Hora Extra da Troca de Turno pela Média, através de novas medições por unidade e com a participação dos representantes dos trabalhadores.

Apesar do tema ser tratado desde 2019 e que, no final de 2020, a gestão da empresa se comprometeu a apresentar um material com as médias de todas as unidades, a direção da FUP chegou, hoje (11/02), em reunião com a empresa onde os novos gestores alegaram não estar a par dos últimos passos dados.

Diretores da FUP denunciaram o descumprimento do ACT com relação ao registro de ponto dos trabalhadores. Com a máxima de que vale o que está registrado, os gestores estão obrigando os trabalhadores a burlar o sistema. Se os empregados lançarem no sistema o que é real, o horário de entrada e o de saída e o que é efetivamente hora extra da troca de turno, o gestor não autoriza o registro de ponto daquela pessoa.

Os representantes da categoria também relataram casos absurdos e perigosos que acontecem em várias refinarias onde existe uma orientação de que o transporte de turno não pode adentrar à fábrica antes de um determinado horário. Ao invés de ajustar os itinerários e horários para que o transporte chegue na hora desejada, obrigam os motoristas a reduzir a velocidade na pista ou até mesmo a parar na beira das rodovias que dão acesso às refinarias, até dar a hora de entrada.

Há casos mais graves, em algumas unidades onde o transporte de turno não está entrando e acaba deixando os trabalhadores na porta da fábrica. A FUP está apurando qual o motivo dessa arbitrariedade, mas pode ter relação com a possibilidade de redução do adicional de periculosidade para os motoristas.

“Existe um impacto no tempo, que deve ser apontado, mas o principal é a segurança.” Afirma o diretor da FUP e Sindipetro SP, Bob Ragusa que explica o problema, “tanto ônibus rodando abaixo das velocidades das pistas quanto parados nas beiras de rodovia são um risco tremendo para os transportados. E nas fábricas onde os ônibus e vans estão chegando somente até a entrada, há risco de acidentes se não houver um transporte interno e o trabalhador tiver que se deslocar a pé.”