Volta do diálogo

FUP retoma negociação com a Petrobrás e subsidiárias, com GT de Efetivo e Transferências

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Propostos pela FUP, os GTs marcam a volta do diálogo permanente com a estatal, após um longo período de esvaziamento dos fóruns de negociação

[Da imprensa da FUP]

A FUP participou nesta terça-feira, 02, da primeira reunião com a Petrobrás e subsidiárias do Grupo de Trabalho sobre Efetivo e Transferências. De composição paritária, o GT terá reuniões semanais, sempre às quartas-feiras, às 15h30, em modo online e/ou híbrido.

Nesta quarta, 03, às 14h, haverá reunião também do Grupo de Trabalho que trata de AMS e Petros. Nas próximas semanas, serão realizadas reuniões dos GTs sobre SMS e Saúde Mental; PLR-PPP/PCAC-PCR/ANPR; Teletrabalho; Terceirização; Anistia; Banco de Horas/HETT/Tabela de Turno; PCD/Diversidade/Combate às Opressões.

Além desses grupos, há ainda o GT que está discutindo o Planejamento Estratégico da Petrobrás, que teve a sua primeira reunião no dia 26 de abril.

Os Grupos de Trabalho foram propostos pela FUP como desdobramentos das Comissões de Acompanhamento do Acordo Coletivo de Trabalho, de SMS, AMS, entre outras comissões de negociação permanente previstas no ACT.

A reunião desta terça do GT de Efetivo e Transferências ocorreu após um longo período de esvaziamento dos fóruns de negociação com a Petrobrás, cujas últimas gestões tiveram como premissa a falta de interlocução com as representações sindicais.

A FUP ressaltou a importância do tema, já que as demandas relacionadas a efetivo estão diretamente associadas à segurança operacional e à saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores. Neste sentido, as representações sindicais cobraram prioridade da empresa para a recomposição dos quadros próprios, com a retomada dos concursos públicos e aproveitamento máximo dos cadastros de reservas dos últimos concursos realizados.

As reivindicações da categoria relacionadas às transferências foram também enfatizadas pela FUP, que cobrou uma solução rápida para os casos dos petroleiros e das petroleiras que foram mais impactados pelas transferências compulsórias realizadas pela Petrobrás e subsidiárias.

Foi ressaltada a situação de vulnerabilidade de diversos trabalhadores que estão em sofrimento mental e físico, em decorrência das mudanças drásticas que tiveram em suas vidas, com afastamento das famílias e diversos outros impactos. A FUP destacou que a diretriz básica para avaliação desses casos e resolução dos problemas deve ser a saúde dos transferidos, antes de aspectos operacionais ou de produção.

Os representantes da Petrobrás concordaram com a importância desses casos e a necessidade de se buscar no GT uma solução imediata para estancar o sofrimento dos trabalhadores mais impactados pelas transferências.

Para a FUP, a reunião do Grupo de Trabalho foi bastante produtiva e demonstrou o compromisso da atual gestão em avançar na construção de saídas coletivas para os problemas históricos relacionados ao efetivo.