Nota de solidariedade

FUP repudia tentativa de demissão do eletricitário Ikaro Chaves, perseguido por lutar pela reestatização da Eletrobrás

Foto: Gabrielle Sodré / MAB

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) reforça a indignação com a tentativa de demissão arbitrária do eletricitário Ikaro Chaves, uma das principais lideranças da categoria na luta pela reestatização da Eletrobras, que foi privatizada em 2022 pelo governo Bolsonaro.

Atual diretor da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobras (Aesel), Ikaro foi comunicado pela empresa na última sexta-feira (14) sobre a abertura de processo de demissão por justa causa, numa evidente perseguição política pela sua atuação no movimento contra a privatização da companhia.

A FUP e seus sindicatos repudiam com veemência a tentativa arbitrária de demissão do engenheiro, que é ex-dirigentes sindical e já foi representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Eletronorte. Ikaro está sendo acusado injustamente de ferir o código de ética da Eletrobras por se posicionar contra a privatização e tem prazo até esta sexta (21/07) para apresentar por escrito sua defesa.

Entre as acusações descabidas da gestão da empresa estão entrevistas concedidas pelo engenheiro, defendendo a reestatização da Eletrobras.

A FUP e seus sindicatos se solidarizam com o eletricitário e ressaltam que sua persegução é uma tentativa de intimidação de todas as trabalhadoras e trabalhadores que resistem ao desmonte do setor público e às privatizações impostas pelos governos Temer e Bolsonaro.

Além disso, por sua trajetória como liderança sindical, Ikaro tem, por lei, estabilidade no emprego até abril de 2024. A direção da Eletrobras atua de forma antissindical e, para tentar burlar a legislação, alega que o engenheiro tem ofendido o código de conduta da empresa.

Em nota, a Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia – da qual os eletricitários, os engenheiros, a FUP e o MAB fazem parte  – destaca que “a luta contra a privatização é uma luta justa e necessária” e reafirma o compromisso em seguir na luta pela reestatização da Eletrobras e contra toda prática antissindical.

A Plataforma ressalta ainda que a privatização da empresa “foi um crime de lesa-pátria, um ataque a soberania que ocasionará uma série de impactos ao povo brasileiro e a economia nacional”.

Seguiremos denunciando os impactos das privatizações e lutando pela reestatização da Eletrobras. Repudiamos toda forma de perseguição e prática antissindical, arbitrária e antidemocrática promovida pela gestão truculenta da empresa.

Lutar não é crime!

Mexeu com um, mexeu com todos!

Direção Colegiada da Federação Única do Petroleiros – FUP