A FUP lança novamente a pesquisa sobre o teletrabalho que já realizou em 2020, com o objetivo de comparar os resultados atuais com os obtidos no auge da pandemia
[Da Comunicação da FUP]
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) reeditou a pesquisa sobre o teletrabalho que já realizou em 2020, ano em que a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil, o que obrigou a que um grande número de trabalhadores e trabalhadoras das empresas do Sistema Petrobrás passem ao formato de home office.
A ideia é aplicar praticamente a mesma pesquisa realizada entre agosto e setembro de 2020, o que permitirá obter um comparativo entre os resultados obtidos durante o período de isolamento e o período atual, onde os trabalhadores e trabalhadoras estão voltando gradualmente ao modo presencial, em formato híbrido. Nesse sentido, algumas perguntas referentes a essa nova situação foram acrescentadas.
O objetivo continua sendo a obtenção de subsídios para a construção de regras claras que garantam segurança e previsibilidade aos trabalhadores, com controle de jornada, estrutura adequada e a manutenção dos direitos conquistados no Acordo Coletivo de Trabalho.
Cibele Vieira, diretora da FUP, afirma: “A situação é diferente de aquela que tínhamos em 2020, mas o objetivo da FUP continua o mesmo: garantir os direitos dos trabalhadores, e por isso voltamos a realizar a pesquisa, buscando conhecer de primeira mão as necessidades e opiniões dos trabalhadores e trabalhadoras, subsídios que dão maior embasamento a nossas propostas e demandas perante a Petrobrás e as demais empresas” .
Até o momento, após dois anos de funcionamento do GT do Teletrabalho, dos pontos cobrados pela FUP, a Petrobrás e as demais empresas não acataram nenhum.
Veja quais são:
- Negociação coletivamente a través do movimento sindical.
- Opção de escala mensal (4,8,12 dias no mês) não apenas a opção da escala semanal (1,2,3 dias na semana).
- Solicitação de opção de teletrabalho integral, com prioridade para pessoas lotadas em imóveis que foram fechados durante a pandemia e/ou estão sendo privatizados e pessoas que possuem e/ou têm dependentes com necessidades especiais
- Maior previsibilidade e transparência, como o estabelecimento de um mínimo de antecedência para convocação ao trabalho presencial e para a negociação da escala teletrabalho híbrido; e a existência de uma comissão para a adesão a redução da jornada, que avalie cada pedido de adesão ao teletrabalho assim como a forma que a atividade permite exercê-lo.
- O tempo de validade do termo do teletrabalho ser 1 ano, podendo ser renovado, e não mensal como atualmente.
- Em relação ao direito à desconexão e a estrutura, a FUP tem cobrado o controle de jornada com horário flexível e que fora do horário flexível o acesso aos sistemas esteja bloqueado
- Aprovação de Consultoria opcional de ergonomia para verificação das condições de trabalho residencial, e que as orientações de saúde referentes ao teletrabalho por parte das empresas passem pela CIPA.
- Auxílio mensal para compensação do aumento de custos residenciais no exercício do teletrabalho.
A federação espera que a empresa mude a postura e receba as demandas levantadas no estudo.
A FUP garante a confidencialidade da pesquisa. Responda e divulgue para seus companheiros e companheiras de trabalho, contribuindo assim na construção coletiva de regras claras para o teletrabalho, que atendam às reais necessidades da nossa categoria.