Transição Energética Justa

FUP participa de Projeto sobre transição energética justa com perspectiva de gênero

O lançamento do projeto foi realizado com atividade na Colômbia entre os dias 16 e 17; com duração de três anos, tem como objetivo aumentar a participação das mulheres nos planos de transição energética

[Da Comunicação da FUP]

Entre os dias 16 e 17 foi lançado na Colômbia o projeto Transição Justa com Perspectiva de Gênero no Setor Energético, um projeto conjunto entre a IndustriALL e a Frederich Ebert Stiftung, que tem como objetivo apoiar os filiados à federação a implementar estratégias de de Transição Energética Justa com perspectiva de gênero.

A Diretora de SMS da FUP e presidenta do Sindipetro-RS, Miriam Cabreira, é parte do projeto e participou do lançamento de forma virtual, dadas as dificuldades de deslocamento causadas pela tragédia climática no Rio Grande do Sul, onde o Sindipetro RS e a própria presidenta estão tendo papel importantíssimo na organização de ações de solidariedade e apoio aos atingidos. Greicy Solano, del SintraCarbón do país anfitrião também participou virtualmente por estar sofrendo ameaças. As sindicalistas manifestaram apoio e solidariedade à Greicy.

A Transição Energética Justa defendida pelos trabalhadores e trabalhadoras é objeto de debates atuais e apresenta diversos desafios. Na visão da petroleira, essa a discussão sobre a transição “envolve uma discussão sobre soberania energética, democratização do acesso à energia e também a manutenção dos empregos. A gente entende que haverá uma substituição dos empregos, mas para que essa substituição seja justa é preciso que o movimento sindical esteja engajado no processo de discussão da transição energética em cada país”.

O projeto, que tem uma duração de três anos, tem o objetivo de integrar e garantir a participação das mulheres nos planos de transição energética: “Neste grupo discutimos a perspectiva de gênero nesse processo, como nós teremos o aumento de mulheres nesses empregos, hoje somos cerca de 20% dos empregos relacionados à energia, nós queremos aumentar nossa participação, queremos ter a paridade, já que somos 50% de mulheres. E além disso, queremos que esses empregos sejam nas áreas que pagam os melhores salários, nas áreas técnicas, nas áreas de desenvolvimento tecnológico, não apenas nas áreas administrativas”.

Outro assunto discutido durante o evento foi o acesso à energia e a necessidade de democratização desse acesso, já que ainda existe um processo de pobreza energética onde as mulheres são as mais impactadas.

Cabreira afirma: “Foi um debate bem amplo, mas esse projeto dura três anos e esperamos que ao final do processo possamos construir esse plano e modificar efetivamente os rumos da transição energética nos nossos países, garantindo a participação do mundo do trabalho e com perspectiva de raça e gênero”.