O CDA, que funciona dentro da Lubnor, em Fortaleza (CE), visa evitar derramamentos de óleo no meio ambiente
[Da comunicação da FUP, em nota à imprensa]
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) quer a suspensão imediata do processo de desmonte do galpão do Centro de Defesa Ambiental (CDA), que funciona dentro da Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), em Fortaleza (CE), e abriga equipamentos de combate a derrame de óleo no meio ambiente.
Em ofício enviado nesta semana ao presidente da Petrobrás, Caio Paes de Andrade, e ao gerente corporativo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) da empresa, Joelson Falcão Mendes, a FUP solicitou a interrupção urgente das providências que visam à transferência de local do CDA e à doação de seus equipamentos.
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O desmonte do galpão do CDA faz parte do processo ainda não concluído de venda da Lubnor. O órgão ambiental, localizado estrategicamente dentro da área da refinaria, recebeu ordens da Petrobrás para mudança de localidade. Como parte dos acordos para acelerar a privatização da Lubnor, o contrato da Petrobrás prevê também a doação de equipamentos do centro de defesa ambiental para a Grepar Participações Ltda, a empresa compradora da refinaria, o que poderá comprometer o funcionamento do órgão.
Caso a retirada se concretize, a vulnerabilidade das atividades do CDA e os custos envolvidos no negócio deverão aumentar mais de cinco vezes, entre pagamento de aluguel, custeio e manutenção, segundo cálculos do Sindicato dos Petroleiros do Ceará (Sindipetro/CE). Além disso, se a venda da refinaria não for concluída, não há justificativa técnica e financeira para a saída do órgão para imóvel alugado de terceiros.
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“A tentativa de mudança do CDA, órgão interno da Petrobrás que atualmente funciona na sede da Lubnor, é equivocada. Se trata de uma medida de pressão da estatal para que a venda da refinaria, contestada pela FUP e pela Prefeitura de Fortaleza, seja concretizada”, denuncia o coordenador-geral da Federação, Deyvid Bacelar.