Luta contra o PPI

FUP e Sindipetro-NF promovem ação Preço Justo do gás em Padre Miguel (RJ)

Ação solidária da FUP e Sindipetro NF, com vena de gás a preço justo em Padre Miguel-RJ. Fotos: Dani Dacorso

Em nova ação do gás, na manhã de hoje, no conjunto Dom Jaime Câmara, em Padre Miguel, no Rio de Janeiro, o Sindipetro-NF e a Campanha Petroleiro Solidário promoveram a venda de 440 botijões por R$ 50, menos da metade do preço praticado no mercado

[Da Assessoria de Imprensa da FUP] 

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) promoveram na manhã desta quinta-feira, 11, em Padre Miguel (RJ), a ação “Preço Justo”, com a venda de 440 botijões de gás de 13 litros, a R$ 50 cada um, valor que corresponde a pelo menos a metade do preço praticado hoje no mercado. Além da oportunidade de comprar o gás de cozinha, os moradores do Conjunto Residencial Cardeal Dom Jaime também receberam cestas básicas e 200 pacotes de absorventes, que fazem parte da campanha contra a pobreza menstrual, lançada no Dia Internacional da Mulher (8/3), pelo Sindipetro-NF.

A ação aconteceu um dia após a Petrobrás anunciar mais um reajuste nos preços dos derivados de petróleo, elevando 19% o preço da gasolina, 29% o diesel e 18% o gás de cozinha de 13kg. O diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Gerson Castellano, comentou como a medida afeta a população brasileira.

“A ação da FUP e do Sindipetro-NF é extremamente importante para dar condições para a população fazer o seu alimento. Alimento que vai ficar mais caro por conta da falta de fertilizantes e do aumento dos preços da Petrobrás que mais uma vez vai castigar toda a população. A gente entende que essa ação serve para alertar as pessoas sobre a necessidade de reverter esse quadro e mudar o governo. Precisamos de um governo que se preocupe com o social e que faça a Petrobrás ser mais uma vez de todos os brasileiros”, defendeu Castellano.

Participaram da campanha representantes da FUP e do Sindipetro-NF. Além de prestar ajuda humanitária para famílias, os dirigentes explicaram à população sobre os prejuízos da política de reajustes dos combustíveis baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela Petrobrás desde outubro de 2016, que considera o preço do petróleo no mercado internacional, a cotação do dólar e custos de importação de derivados, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo. O impacto do PPI vai além do valor dos derivados de petróleo, como gás de cozinha, óleo diesel e gasolina: também afeta os preços dos alimentos, transportes e demais itens, num efeito cascata com forte impacto sobre a inflação.

Alessandro Trindade, diretor do Sindipetro-NF, ressaltou que o sorriso da classe trabalhadora e operária do Brasil está sumindo. “Ele tira também a comida e o botijão da cozinha de cada brasileiro. Esse governo não é um governo para o pobre e para comunidade”, discursou ele, durante a ação.

José Maria Rangel, diretor do Sindipetro-NF e ex-coordenador geral da FUP, conta que a ação preço justo do gás é mais uma forma de a comunidade petroleira ajudar os mais carentes em meio à pandemia. “O Brasil está numa situação deplorável. A gasolina está quase 10 reais, o botijão quase 150 reais, 40 milhões de brasileiros estão passando fome; 20 milhões estão desempregados; mais de 150 milhões morrendo por causa da Covid-19”, disse o dirigente.

“A FUP e o Sindipetro-NF estão juntos com a Associação de Moradores (do Residencial Cardeal Dom Jaime de Padre Miguel) para fazer mais uma ação de venda a preço justo que o governo Bolsonaro parou de proporcionar. O povo brasileiro passa fome e voltou a cozinhar na lenha. Vamos enfrentar juntos a guerra contra a fome e injustiça social”, afirmou o coordenador-geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.

A venda do gás a 50 reais é um alívio para o bolso dos consumidores que vieram de toda a zona oeste do Rio de Janeiro para participar da ação. O aposentado Paulo Fernandes de Souza, mais conhecido como Paulão da Saúde, falou como o botijão de gás a 150 reais tem afetado a sua vida e das comunidades de Padre Miguel e Vila Kennedy. “Com esse governo quem aguenta? Tem pessoas na comunidade fazendo cozinha solidária para ajudar o povo. Esse gás hoje está sendo uma bênção”, desabafou Paulão da Saúde.

Nete Melo Mendes, de 66 anos, moradora há 50 anos de Padre Miguel, que vive com o filho a rotina do desemprego, lamenta a falta de perspectiva em relação a atual situação do país. “Lá em casa estamos todos desempregados, está muito difícil. Estamos sobrevivendo aos trancos e barrancos, não sabemos mais o que fazer?!”, disse Nete.

Para o professor de dança de Bangu, Leonardo de Castro Silva, 35 anos, a presença de muitas famílias fazendo fila desde cedo é a prova que todos estão precisando de ajuda. “Não baixa o preço de nada. Não tem emprego para todos e agora até o trem aumentou. A ação de hoje vai ajudar muito para aliviar as contas do mês. Tem muita família que está sem gás em casa”, comentou Leonardo.

Confira imagens da ação do gás em Padre Miguel:

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Ação solidária da FUP e Sindipetro NF, com vena de gás a preço justo em Padre Miguel-RJ. Fotos: Dani Dacorso