Em caráter de urgência, a FUP solicitou à Transpetro uma reunião para esclarecimentos sobre os descontos referentes ao banco de horas.
Na reunião, que ocorreu na manhã de hoje (24/08), a direção da Federação questionou a empresa sobre a realização dos descontos sem que houvesse antes uma comprovação individualizada da pertinência dos valores.
Perante as cobranças, a empresa se comprometeu a enviar para cada trabalhador o extrato individualizado de cada pessoa e a respeitar a disponibilidade da margem consignada de cada um para realizar o parcelamento, amenizando o impacto principalmente dos descontos maiores. Porém, se manteve intransigente em iniciar os descontos a partir de amanhã, 25 de agosto.
Segundo a própria empresa, o que houve foi um erro ocorrido durante o ano de 2020 e 2021, identificado somente neste mês. Sendo assim, os descontos foram iniciados assim que o “erro do sap” foi identificado.
Uma questão que não fica clara para a direção da FUP é porque não é aplicado o mesmo empenho em correções de pagamentos realizados a menor, levados pelo sindicato a empresa. E, sendo um erro da empresa, a forma de efetuar deveria ser através do banco de horas e não de desconto financeiro.
“A ação da empresa foi unilateral e abusiva. Não houve os devidos esclarecimentos ao trabalhador sobre os motivos dos supostos débitos e nem a realização de qualquer negociação de formas alternativas para resolver a questão, como a utilização do banco de horas”, afirma Cibele Vieira, diretora da FUP.
A Federação Única dos Petroleiros, orienta que os trabalhadores busquem seus sindicatos para tratar de qualquer divergência em relação ao detalhamento individualizado que cada um receberá.
Além da questão dos descontos, a FUP solicitou a abertura de uma negociação nacional sobre o adicional da malha do gás. Já que houve a retirada desse adicional de parcela dos trabalhadores, mesmo com as condições efetivas da atividade.
[Federação Única dos Petroleiros]