Mais problemas

FUP acumula reclamações de aposentados sobre sistema de refinanciamento de empréstimo da Petros

Longo tempo de espera, um Call Center que não consegue tirar as dúvidas dos participantes e um sistema ultrapassado que dificulta o refinanciamento dos empréstimos junto à Petros. Essas são as principais reclamações que chegam, por mensagem de WhatsApp e em áudios com tom de revolta, aos diretores da FUP.

Lúcio Barros, Técnico de Segurança aposentado, afirma: “Além de não conseguir refinanciar o meu empréstimo, ainda estou enfrentando muita dificuldade para falar com a Petros. O sistema de atendimento é ultrapassado e o tempo de espera é longo demais. Estamos sem respostas.”

Joselio Alves, Técnico de Operações aposentado, afirma que não percebeu nenhuma diferença após a mudança da taxa de juros. “O valor da minha prestação não mudou e o montante da dívida permanece o mesmo. Pior ainda, continuo sem margem consignável” e completou, “Eu acreditei que poderíamos fazer a simulação do refinanciamento e dependendo da redução do valor da parcela, dilataríamos a margem”.

Neste mês de abril, a Petros apresentou duas mudanças no sistema de empréstimos. Mas, o que poderia vir ajudar os aposentados, acabou gerando mais transtornos. As novidades são: redução da taxa de juros que vale para todos que possuem ou desejarem tomar empréstimo na Petros. Para aqueles que já possuem empréstimo essa medida vai proporcionar uma pequena redução na mensalidade e no saldo devedor. A outra é a possibilidade, para aqueles que desejarem, de solicitar ou refinanciar o seu empréstimo, adotando o prazo máximo de 180 meses.

No entanto, os problemas que surgiram a partir das novidades lançadas pela Petros acontecem principalmente para participantes e assistidos que necessitam fazer o refinanciamento para o novo prazo possível, pois o sistema da Petros trava para aqueles que:
* Não fizeram o recadastramento na Petros;
* Não têm margem, mas querem refinanciar para alongar o prazo e, consequentemente, reduzir o valor da prestação;
* São considerados inadimplentes pela Petros pois não tinham saldo para pagar alguma prestação do empréstimo e não conseguiram pagar o boleto enviado pelo Fundo de Pensão, sendo essas prestações em aberto remetidas para o saldo devedor.

Diante de tantas reclamações por parte dos aposentados, Paulo Neves, diretor de Comunicação da FUP, solicita hoje pedido de reunião à Petros, para apresentar a insatisfação da categoria e pedir explicação a todas as dúvidas. Paulo chama atenção para a situação delicada, “infelizmente, devido aos sucessivos equacionamentos da Petros, os empréstimos se tornaram imprescindíveis para equilibrar o orçamento família dos aposentados(as) e pensionistas”.